quarta-feira, junho 29, 2005

 

Não somos mais o que comemos

Freqüentemente, pesquisas são divulgadas informando sobre determinados produtos consumidos pelos homens. Recentemente, a imprensa noticiou que o sal, conhecido vilão de uma boa saúde, não faz tanto mal como se acreditava. Em outra notícia surgiu a informação de que o café faz bem para a saúde, mesmo se consumido em quantidade excessiva.

Outro dia eu estava assistindo um canal pago de notícias, e vi que Monsanto, uma das maiores produtoras de insumos agrícolas e sementes trangênicas do mundo, não permitiu a divulgação de dados sobre uma pesquisa com transgênicos. Segundo a jornalista que cobria o fato, a pesquisa revelava sérios problemas que os transgênicos podem acarretar para o meio ambiente e para a saúde humana e animal.

A jornalista Delis Ortiz, da Rede Globo de Televisão, no II Simpósio de Maringaense Jornalismo, disse que tem gente comendo peixe americano processado e aromatizado achando que está degustando um legítimo bacalhau norueguês. Segundo Ortiz, outros alimentos também passam por processos semelhantes e a gente nem fica sabendo.

Com tanta dúvida sobre os alimentos que comenos, está surgindo um novo seguimento dentro da agricultura, os alimentos orgânicos, que são produzidos em terras sem agrotóxicos, mas assunto quero abordar em outro momento.

Então fica a dúvida, será que podemos acreditar nos nossos “amiginhos” cientistas? Em cada pesquisa divulgada, nós, simples mortais, teremos que descobrir quem patrocinou a pesquisa para saber os interesses obscuros por trás das mesmas?

terça-feira, junho 28, 2005

 

Lixo plásmico?

Saiu esta semana, na mídia, que a prefeitura de Maringá, juntamente com prefeitos e representantes do consórcio intermunicipal do lixo (formado pelos municípios de Maringá, Sarandi, Paiçandu, Marialva, Mandaguari e Mandaguaçu), estão pensando em utilizar uma tecnologia de plasma molecular para dar um fim ao lixão da cidade.

Pelo que parece a tecnologia é de ponta! Uma espécie de tocha gigante que transforma lixo em energia (um luxo!). A tecnologia é tão de ponta que até fura o olho!(os dois!) Segundo o secretário do Meio Ambiente de Maringá, José Croce Filho, é necessário que o dinheiro venha de investidores privados (se a passagem de ônibus aumentar, a gente já sabe quem investiu...) e afirmou também que “lixo é um bom negócio”. (Realmente, vai ver que é por isso que os catadores do lixão nunca saem de lá...)

Pois é, tá tudo muito lindo, muito colorido e cheio de vida, mas só tem um probleminha que estão esquecendo de pensar (ou será que estão esquecendo de noticiar?)... Bom, para a instalação dessa nova tecnologia, uma indústria terá que vir para cá, certo? E imagino eu, que não seja uma empresa de porte pequeno nem médio.Pois bem, será que já decidiram aonde esta indústria será instalada? (em Sarandi não vale, hein?) Será que o secretário do Meio Ambiente já fez uma análise também dos danos que a empresa poderá causar à natureza e à população que mora nos arredores? Afinal, acredito ser do interesse da população saber dos malefícios também e não somente os benefícios. Ah, tem também o caso dos catadores de lixo que serão futuramente desempregados... (vai ter briga hein? Daqui a pouco o pessoal do lixão vai fazer protesto em frente à prefeitura exigindo uma parte no negócio!)

O prefeito Sílvio Barros até pro Japão e pros Estados Unidos já foi, só pra ver mais de perto a belezura de plasma! Será que ele vai colocar lá pelo exterior também outdoors de Maringá como a cidade que o mundo quer ser?? Espero que não, vai que o Bush fica sentido e resolve tacar uma bomba bem aqui na cidade canção! Daí vai ser só a canção do exílio mesmo...
É duro ser a cidade mais segura do Brasil, né? A gente só não sabe se segura a bolsa ou a boca... acho que vou segurar a segunda, porque a primeira já se foi.
Fui.

domingo, junho 26, 2005

 

A Igreja peca

Mesmo sendo o celibato uma regra clara aplicada aos sacerdotes da Igreja Católica, poucos são os que aderem a ela, segundo a socióloga e pesquisadora Regina Soares Jurkewicz, 50, em entrevista à Revista Época, na última semana. O celibato saiu de moda, e os seminaristas já têm plena consciência de que não irão cumprir tais regras.

Se o sacerdote se casa com uma mulher, numa atitude mais politicamente correta, o Código de Direito Canônico prega a demissão imediata do clérigo. Agora, se o sacerdote estupra uma mulher ou criança, a demissão do cargo eclesiástico é a última coisa que acontece. Engraçado, não? Se um homem comum estupra alguém, ele tem de se submeter às leis civis e pagar pelo seu delito. Mas, se o homem em questão for um eclesiástico, ele não precisa se submeter à legislação civil, e a Igreja ainda defende o agressor, o que é absolutamente inaceitável. Observe quais são os dez mandamentos utilizados pela Igreja Católica para proteger os padres abusadores, baseado na entrevista de Regina Soares Jurkewicz à Revista Época:

1. Averigua-se o fato discretamente (a última coisa que a igreja quer é um escândalo);
2. Sendo a violência sexual reconhecida pelo sacerdote, o agressor é chamado e advertido. Conversa-se com a(s) vítima(s) alegando que o agressor está arrependido e que não repetirá o erro, além de pedir que a vítima retire qualquer queixa que tenha sido feita, para não prejudicar a instituição;
3. Se as coisas não se resolvem até o segundo mandamento, a igreja toma uma atitude mais radical: parte para o suborno às vítimas, e se isto não resolver, o sacerdote é transferido para outra paróquia (onde talvez faça novas vítimas);
4. Se, por acaso, o fato se tornar público, a igreja adota um expediente canônico, para se defender de possíveis acusações de cumplicidade (o que é uma mentira, porque até então ela estava compactuando com o sacerdote agressor, tentando protegê-lo de todas as formas, ou seja, é pura enrolação);
5. Mas, tendo o fato se tornado público, ao invés de seguir o quarto mandamento, a igreja pode, simplesmente, negar publicamente que o crime tenha acontecido (e justo ela que vive por pregar a verdade, nada mais que a verdade, em nome de Deus);
6. Quando a situação começa a ficar mais complicada, a igreja opta por defender o agressor publicamente, ressaltando tudo de bom que ele tenha feito em prol da comunidade (mais uma vez, enrolando a população);
7. Depois de defender o agressor, a igreja desmoraliza a(s) vítima(s) publicamente, fazendo que a pessoa que foi sexualmente abusada passe de vítima à culpada perante a comunidade (inaceitável);
8. Continuando sua defesa, a igreja então resolve pronunciar que todo o fato foi arquitetado por inimigos da instituição (muito parecido com os discursos de alguns políticos...);
9. Não se dando por satisfeita, a igreja volta a subornar a vítima, dessa vez oferecendo dinheiro para que a pessoa retire a queixa;
10. Por fim, quando nada disso der certo, a igreja tentará fazer com que a comunidade esqueça tudo o quanto antes.

Dá pra acreditar?

sábado, junho 25, 2005

 

E no Estúdio Musical...

O destaque dessa semana na seção Estúdio Musical é a cantora australiana Kylie Minogue, que emplacou vários hits nas rádios do mundo todo, desde o final da década de 80, e que agora estão compiladas na coletânea "Ultimate Kylie". Não deixem de conferir!

 

Chega está bom...

Hoje após minha dormida “tardial” (se existe essa palavra), senti-me instigada a escrever algo inovador para o blog... Que podridão é essa que assola os sentimento, ações, atos e principalmente assuntos das conversas corriqueiras, na vida dos brasileiros? Chega! Cansei e acho que todos cansaram.

Acordei decidida a mudar de assunto, sair dessa notícia enguiçada. Escrever sem nojo...(Ai meu Deus era tudo que eu queria!!!). Algo que chamasse atenção. Que mudasse a vida de todo mundo. Que as pessoas passassem a pensar (que seria um milagre, né? Nem Padre Quevedo,reencarnação, santa que chora, teriam explicações para tal acontecimento admirável. Alias a santa em vez de chorar iria morrer de rir!!!).

Como eu não tenho nenhuma relação com a parapsicologia e tenho algumas dificuldades de compreender os fenômenos sobrenaturais e religiosos...Vou voltar ao que interessa, a minha procura incessante á um tema pra minha linda redação... Com poucas forças, continuei minhas pesquisas...(afinal não é sempre que você dorme de sonhar no período da tarde).

Uma coisa me colocou em dúvida naquele momento...Onde procurar um tema instigante para minha façanha “jornalística”? Primeiro peguei uma revista desta, para menina moça, que ensina como beijar, como não trair a amiga com o namorado dela, como falar com o gatinho na hora de fica e assim por diante, mas nada me interessou. Muito parada pro meu gosto...

Liguei a televisão para ver se encontraria algo que me interessasse e dei de cara com o “programinha” de fofoca da Band, que eu não vou falar o nome porque é falta de ética (e a gente aprende na faculdade a ter ética. Até hoje num sei pra que funciona, essa tal de ética, mas se ensinam é porque tem alguma finalidade, acho que serve pra alguma coisa...).

Mas voltando ao programa...Ele é muito massa!!!..Sabe o apresentador? Aquele gordinho que tem um jeitinho todo especial de gesticular! Se não estou enganada, ele tem o nome artístico referente ao de um animalzinho da selva. È esse mesmo. Com nome que lembra algo feroz, bravo, grande e forte (só o nome é claro!). Estava dando, segundo ele, suas “noticias” diárias, super irrelevante, quando falou de uma coisa que eu jamais tinha visto neste programa. Ele quis “noticiar sua opinião” sobre o caso das CPIs do governo... Eu amei!

Afinal um ilustríssimo conhecedor da vida alheia, não poderia ficar de fora do papo que está em moda nos noticiários brasileiro. Pra quem não sabe nesse programa você sabe da vida de todos os artistas sem sair de casa. Olha que inacreditável!!.Você assiste, sentado no seu podre sofá, esburacado, cheio de mofo e com um enorme pano tampa sujeira, que a atriz global Regina Duarte foi pra Ilha de Caras com sua bela filha, que o deputado Roberto Jefferson disse que roubou tantos dolares dos cofres públicos(ou seja nosso!).Fora os bafão de casais, quem não lembra da dupla mais pop da baixaria brasileira, Cicarelli e do Ronaldinho? Meu...Isso é mais que demais!!!!

Nossa me veio na cabeça, uma coisa ultra-revolucionaria...Pensem jornalistas(os que praticam é claro!), como é mais pratico, “copio colo” na sua matéria...E boa! Vocês tiveram um furo... Isso é inovador pra o jornaleco brasileiro sem conteúdo. Agora eu tenho uma duvida, que assola a minha existência mundana. Eu acabei de inventar uma fonte de ou essa idéia já foi patenteada?

Pronto! Falei, falei e falei...Mas o meu texto, já era! Deixa pra próxima, vou sentar e esperar a vontade passar.

sexta-feira, junho 24, 2005

 

Curtam o inverno!

Nessa terça-feira, dia 21 de junho de 2005, aconteceu o solstício de inverno. É nessa fase que o Sol está na maior inclinação boreal (norte), correspondendo ao dia mais curto do ano. Com isso, o Hemisfério Norte é mais aquecido que o Hemisfério Sul, ou seja, chegou o inverno aqui no Brasil!

Além das mudanças climáticas que a Terra sofre devido à inclinação do seu eixo e de sua revolução ao redor do Sol, nós também podemos perceber muitas outras mudanças, principalmente, em nossos comportamentos. No inverno, muitas pessoas ficam indispostas para tudo, além de quererem comer e dormir mais do que o comum. Mas você já parou para pensar por que isso ocorre? Será que o friozinho tem algo a ver com essa imensa preguiça que sentimos? Ou é só uma desculpa que encontramos para ficar debaixo das cobertas assistindo um filme, comendo pipoca e curtindo quem a gente gosta?

Quem tem uma vida agitada não percebe muito essas variações, pois, além do sol, existem indicadores de tempo, como a hora de comer, de trabalhar e de dormir que forçam o organismo a seguir o medidor de tempo social. Já quem perde seus indicadores de tempo sofre uma desadaptação.

Bom, sabemos que as noites de inverno são mais longas. E, como a melatonina (principal hormônio envolvido no sono) só é produzida no escuro, quanto antes o sol se pôr mais iremos dormir. O sono não é uma função (como a digestão), mas é um estado da vida com inúmeras funções, sendo uma delas a conservação de energia.

Dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo. Vejam que curioso: quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais rápido, está mais propenso a infecções, obesidade, hipertensão e diabetes. Então, você que não curte muito o frio, aproveite seu inverno para dormir bastante e usufruir desses benefícios!

quinta-feira, junho 23, 2005

 

Os feios ainda têm salvação?

Hei ! Você se acha feio(a), horrível, fora da moda, dos padrões da mídia???...Anime-se!!!
Tem sempre alguém pior que você...há, há, há...
Entre em
www.gentefeia.com.br


terça-feira, junho 21, 2005

 

Flagra...

Tem foto nova no Ponto de vista, dessa vez um flagrante da cidade que não para...

 

De olho na pirataria


Foto de Ane Carolina

Combate à pirataria é a palavra de ordem no momento! Várias campanhas têm sido feitas pelo governo com o auxílio da mídia que, quase diariamente, passa matérias sobre o assunto, além de ter uma equipe nas principais fronteiras e divisas do Brasil. Até na novela “Malhação” o tema já está sendo abordado! O que, entretanto, passa despercebido para a maioria das pessoas é que apenas uma visão unitária é mostrada: a do governo.

Saiu, no último dia 16 de junho, no folha on-line, que o governo estadunidense está preocupado com a pirataria do Brasil pois, segundo uma pesquisa,“a compra de roupas, tênis, brinquedos e óculos pirateados desviam R$ 9 bilhões por ano dos cofres públicos [brasileiros]”, o que afeta o lucro das empresas multinacionais americanas instaladas aqui.

Se ao menos tivéssemos certeza que esses R$ 9 bilhões seriam utilizados em benefício do povo brasileiro, através da saúde e educação por exemplo, o quadro seria diferente. Sabe-se, porém que grande parte deste dinheiro é desviado dos cofres públicos para contas em paraísos fiscais (além de termos que ouvir do presidente da Câmara dos deputados, Severino Calvalcanti, que nós brasileiros não nos importamos que o salário dos deputados aumente de R$ 12.000,00 para R$ 22.000,00), enquanto a outra parte do dinheiro vai para as mãos do presidente estadunidense e suas multinacionais. E nós, brasileiros continuamos com analfabetos e famílias passando fome...

Não acredito que a pirataria seja a melhor solução, mas no contexto de pobreza e corrupção em que vivemos, parece-nos mais lógico permitir que esse dinheiro chegue às mãos de brasileiros, através da geração de empregos informais, do que desviado, como ocorre. Não adianta querer acabar ou reduzir a pirataria e não resolver os problemas sociais que a desencadearam, é como tapar o sol com a peneira. Por que ao eliminar milhares de empregos informais, não dar a estes um emprego legal? Por que não tentar resolver o problema por completo ao invés de destruir apenas a ponta do iceberg? Talvez seja uma tentativa de esconder o problema, não sei. O fato é que, com ou sem ponta, o iceberg continua lá, podendo causar estragos ainda maiores.

Sei que meu discurso pode, para alguns, parecer nacionalista demais, porém prefiro encarar de uma outra forma e pensar que se nós, brasileiros, não pensarmos em nosso país e buscarmos o melhor para o nosso povo, ninguém o fará. Os demais países, em especial os Estados Unidos, estão interessados apenas nos tesouros que possuímos e em infiltrar em nossas mentes sua cultura enlatada, assim como aconteceu com nossos índios na época da colonização, mudam os personagens, mas a história é a mesma.

Somos uma nova geração de índios que, de tão colonizados, não temos mais cultura, não temos mais raciocínio, não temos mais caráter, não temos mais nada.



Foto de Sarah Ribeiro

domingo, junho 19, 2005

 

Filme da semana...

Tem resenha nova de filme na seção Laboratório do Cinema, dessa vez uma comédia leve, inteligente e de muito bom gosto. Uma ótima dica pra quem for dar uma passadinha na locadora... confiram!

 

"Don't ask, don't tell"


Foto de Sarah Ribeiro

A união civil entre dois militares homossexuais no Canadá, no mês passado, levantou uma discussão sobre as políticas de tolerância e aceitabilidade a respeito desse assunto em muitos países. Alguns destes, como o Canadá e a Espanha, já possuem políticas claras que permitem a união civil entre homens e entre mulheres e, inclusive, o direito de revelar a opção sexual ao ingressar nas forças armadas, que, independente de qual for, não banirá a pessoa de seguir a carreira militar. Trata-se, portanto, de políticas mais liberais.

O que me chamou a atenção foi à política de “tolerância” que é aplicada nos Estados Unidos (e que, ao meu ver, não se restringe aos EUA, apenas). Lá, o homossexual só é aceito e respeitado na sociedade a partir do momento em ele não revela qual é a sua opção sexual. É a política do “não pergunte, não diga”, que se baseia numa falsa tolerância e que alimenta ainda mais o processo sociológico do preconceito, uma vez que, para se protegerem, as pessoas precisam se “esconder”.

A política da falsa tolerância, no entanto, não se aplica apenas a essa temática, e esta é a reflexão que eu proponho. Se pensarmos por um instante, veremos que a “não pergunte, não diga” está presente nos outros modos de descriminação, sustentando um processo cíclico que gera os mais variados tipos de preconceito, que vão desde o homossexualismo até a xenofobia. As pessoas que compõe pequenos grupos de características diferentes das da grande maioria em uma sociedade tendem a sofrer atos coercitivos, que se alternam em agressões físicas e psicológicas, esta última com maior vigor.

Hábitos, etnias, vícios e partidarismos são assuntos da hostilidade social. O padrão é categórico, e os que não se adaptam a tais exigências estão condenados a um denominador comum: o preconceito. O processo é divisório e revela uma fratura social. E por que é que essa política de falsa tolerância atua com tanto afinco atualmente, se somos racionais? De nada vale a racionalidade, se ela é usada em proveito do inútil, no que diz respeito ao preconceito. A solução já é por muito tempo sabida e, no entanto, ainda não foi aplicada com o vigor que restabeleceria as fraturas da sociedade. O respeito, no sentido literal da palavra, sempre foi a solução para os males advindos das diferenças culturais e opcionais, e, no entanto, ainda permanece como sendo a política da utopia. Até que esta se consolide, o que eu não acredito que seja logo, o mundo continuará a se digladiar por questões ridículas.

sábado, junho 18, 2005

 

Clodô Bonner




Para quem ainda não viu o Willian Bonner imitando o Clodovil é só clicar no link abaixo.

Clique Aqui

Os créditos da hospedagem do vídeo são do “Kibe Loco”.

 

Exclusivo!

Leandro Foscarini, vocalista da banda Sistema de Origem (SdO), concedeu uma entrevista exclusiva ao CONEXO, para a seção Estúdio Musical. Não deixe de conferir!

 

A festa que não terminou bem...

Os espumantes estão na geladeira, os convivas alertas, as comidas em preparo e os convidados começarão a chegar... É anunciada a Festa do governo e a expectativa é enorme.A festa vai dar o que falar...Vai até sair na imprensa (Que super legal!!!).Claro que não na coluna social...Os convidados começaram a chegar. Entra um, entram dois, entram três e assim por diante, todos apreensivos, porém contentes.Afinal, não é sempre que se tem festa elegantérrima como essa...

A festa começou, a música toca, os tititis estão aumentando, é só alegria. Mas ainda falta um... de nome Roberto Jefferson... o anfitrião (e estrela do PTB), esperado por todos. Os convidados ao “banquete de gala” estão desejosos e esperançosos...O homem que se aguardava vai dar boas novas (ou não!).

Pois bem, o homem chegou! Meio inquieto, nervoso, neutralizado pelos olhares umedecidos pela expectativa do que iria anunciar...Então o homem senta em sua cadeira, reservada unicamente pra ele, numa operação de auto-proteção (da imagem é claro, por que a moral... Já era!).Começou a falar, falar é falar...O espanto foi geral... O homem que se declarava índole, caráter inquestionável, amigo...,abre a boca venenosa, cheia de rancor e ódio e começa o massacre do colarinho branco.. .Lembrou-me dos melhores chefes mafiosos da história Norte Americano, em seus depoimentos às “incorruptíveis” comissões do Senado dos EUA.

O amigo de tantas horas “difíceis”, o apaziguador de crises economicamente esquizofrênicas, o financiador de obras e projetos nos “bolsões de pobreza”. Em uma perfeita retórica, provavelmente aprendidas nas escolinhas da prefeitura de sua cidade (possivelmente onde mais tarde desviou algumas verbinhas). Começa seu roteiro de castração.

Um por um dos “ofendidos”, seja da esquerda ou direita, resmungaram a acusação. (O que são alguns milhões de dólares num banco em Jersey diante de tucanos, esquerda que parece mais direita, bancada evangélica, latifúndio, Roberto Monsanto Rodrigues, etc, etc?)...O protagonismo apolítico de todos os homens de bem toma lugar da diplomacia. “É para estuprar, não é para matar”....

Neste ar que mistura ironia e formalidade, criou um ambiente propício para agressões morais e verbais... “Eta! Festa esperta sô.”...Pena que não foi nenhum espetáculo digno de ser assistido e o final vai ser uma baita conta para todos os trabalhadores brasileiros...

sexta-feira, junho 17, 2005

 

A gente nunca sabe o karma que carrega!


Foto de Anna Paula Lomas

Quem é que nunca se deparou com alguma situação ou cena e pensou: “Eu já vi isso antes...”? Acredita-se que os humanos têm alma, e que pode ser separada de seu corpo material de duas formas: temporariamente no sono, e permanentemente na morte podendo ser transferida de um corpo para outro. Esse será o tema abordado na nova novela das 18h da Rede Globo, escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Jorge Fernando, Alma Gêmea.

“A reencarnação, ou transmigração das almas, é uma idéia religiosa segundo a qual uma parte de um ser distinta do corpo, o seu espírito ou alma, pode ligar-se a um novo corpo após a morte. A reencarnação pressupõe que os seres vivos são constituídos por duas partes, o corpo e o espírito, e que o espírito sobrevive ao corpo e pode ligar-se a outro corpo após a morte do corpo a que se encontrava inicialmente ligado. O espírito seria a parte do ser vivo que contém a sua personalidade. Segundo alguns crentes, a religação de um espírito a um novo corpo ocorre no momento em que o óvulo é fertilizado.” - Wikipédia, a enciclopédia livre.

Não vamos confundir reencarnação com ressurreição, que ao contrário da primeira, é a reunificação da alma com o mesmo corpo. Deus impõe a encarnação com o objetivo de fazer-nos chegar à perfeição. É como se cada espírito tivesse uma missão na terra, e aquele que não a cumpre deve voltar para exercer seu papel. Então, podemos dizer que se a gente faz a nossa parte corretamente aqui na terra, estamos sujeitos a não voltar. Porém, se nós não acertarmos nessa vida, teremos outra chance na próxima. Mas cuidado! A gente nunca sabe o karma que carrega!

Karma é um princípio que defende que qualquer ato, por mais insignificante que seja, volta a seu feitor com igual impacto. Como se cada obra fosse uma semente plantada que pode ser colhida a qualquer momento, sendo o bem devolvido com o bem, e o mal com o mal. Sem delimitar tempo, espaço, vida nem morte. Quer dizer que, independentemente dessas ações terem acontecido nessa ou em outras vidas, o indivíduo sofrerá as conseqüências em alguma ocasião. Por isso devemos agir sempre de forma prudente para não sermos pegos de surpresa pelo destino!

quarta-feira, junho 15, 2005

 

Complemento "Solução mágica"


Em entrevista exclusiva a Rádio CBN, padre Oscar Quevedo disse, hoje a tarde, que o fenômeno que ocorre com a imagem é uma banalidade dentro da parapsicologia. Quevedo ainda comentou que para “acabar” com esse processo basta afastar as pessoas a 50 metros da imagem.

O fenômeno ocorre por meio da sinergia e é amplamente explicado pela ciência.

Ouça a entrevista no link: http://www.cbnmaringa.com.br/audio/padre150605.wma

 

Solução mágica

A imprensa maringaense, alias parte dela, tem mostrado diariamente uma imagem de gesso que “solta” litros e litros de um líquido semelhante à água, mas com um toque de sal. A forma que programas populares, tanto no rádio como na TV, tratam o fato é extremamente sensacionalista. Os apresentadores, comentaristas ou “repórteres” fazem uma abordagem que me faz lembrar o caso de uma imagem produzida em uma janela por um produto químico, no estado de São Paulo, que diziam ser de Nossa Senhora.

Sou católico, mas olho para isso com ceticismo e me pergunto por que tanta gente busca milagres em certas frivolidades. Penso que isso é o reflexo da cultura de uma sociedade marcada por esperanças sem sucesso. As pessoas buscam, de forma mágica, a solução para os seus problemas e quando encontram algo que parece ser divino muitos se apegam de tal forma que perdem o pouco da visão fora do senso comum que possuem.

Nesta quarta-feira a Universidade Estadual de Maringá deve divulgar um laudo especificando se o que escorre da imagem de Nossa Senhora Aparecida é água ou outra substância. Segundo Dom Anuar Battist, arcebispo de Maringá, a Igreja precisa de comprovações científicas para emitir um parecer sobre o assunto.

terça-feira, junho 14, 2005

 

O rap industrializado...

Dos guetos da Jamaica de 1960, para as mansões americanas em 2005. Não, não falo do reggae, falo do rap – sigla em inglês para rhythm and poetry que quer dizer ritmo e poesia – que ao contrário do que muitos pensam, não nasceu nos Estados Unidos, aonde chegou apenas 10 anos depois, junto com imigrantes jamaicanos que fugiam de seu país devido a problemas políticos e sociais que, inclusive, inspiravam as letras de suas músicas. Na década de 80, chega ao Brasil.

Logo, logo o movimento hip hop (formado pela tríade: rap, que é a expressão musical-verbal da cultura; graffiti, que representa a arte plástica, através de desenhos coloridos feitos nas ruas e o break dance, que representa a dança) se espalhou por todos os guetos e virou a única voz da população de baixa renda marginalizada e principalmente do povo negro. O rap era um luta em busca de condições melhores de vida, as letras eram a principal arma. Pelo menos até alguns anos atrás.

Recentemente, li no Portal do Terra uma matéria falando sobre os chavs, caracterizados como os "manos-brancos", que gostam de hip hop e “têm o visual parecido com o de celebridades do mundo do hip hop. Roupas largas, bonés, e uma certa ostentação de "riqueza" com o uso de correntes e pulseiras de metal(...) e telefones celulares novos e chamativos”. E, de repente, os afros-descendentes engajados que lutavam por igualdade, são representados exatamente por aquilo que mais criticam. Há uma frase da música “Diário de um Detento” dos Racionais MC’s que diz: “Minha vida não tem tanto valor, quanto seu celular, seu computador”, criticando as pessoas materialistas e cegas pelo sistema econômico vigente.

Ainda estou tentando entender. Se alguém souber, me explique. Como é que da noite para o dia, um movimento de mais de 40 anos vira “modinha” entre a classe média-alta e perde toda sua característica e história para cantores milionários com correntes de cifrão penduradas no pescoço e mulheres semi-nuas rebolando em cima de capôs de carros importados e ficam apenas conhecidos como “pessoas que falam palavrão, e usam determinados tipos de roupa”? Já sei. Foi da mesma forma que o movimento dos punks, dos clubbers, entre outros, ficaram tachados como movimentos de “pessoas que usam cabelo espetado e têm piercings” e “pessoas que usam colorido e gostam de raves”, deixando toda a ideologia inicial de lado. Hoje, qualquer um se veste de forma semelhante a um rapper e se diz do movimento, sem saber de nada, sem conhecer nada. Quem dera se os rappers da Jamaica tivessem virado celebridades e saído da miséria que os assola!

É essa a arma do capitalismo para destruir qualquer ação que leve as pessoas a pensarem, refletirem: banaliza qualquer forma de expressão que vá de encontro com seus interesses. É a indústria cultural, que massifica e torna idéias em produtos comercializáveis, sem conteúdo. A partir do momento que um movimento se resume à roupa que seus componentes usam, este passa a ser apenas um estilo que um dia você adere, no outro não. O que me conforta é que tudo um dia sai de moda, aguardo ansiosamente este dia, quando poderemos ouvir novamente o rap de raiz falando de um mundo que cresce cada dia mais, mas que a mídia o esconde cada vez mais.

domingo, junho 12, 2005

 

Sonha Brasil, sonha!

A Alemanha é um grande exemplo de organização. Não é de hoje que o país é conhecido por sua rigidez e nacionalismo, sendo estes dois fatores fundamentais para a criação de um estado único e integrado com a população, onde qualquer desmando sofre maiores conseqüências e punições pelo próprio caráter de coação inerente aos aspectos culturais e políticos da nação. O Brasil, por sua vez, não bebe dessa água (infelizmente, diga-se de passagem). Aqui o que impera é a desorganização no tom mais literal da palavra, com direito a uma grande parcela de políticos corruptos, atividades ilegais, altos índices de violência, uma má distribuição de renda, entre outras pérolas.

Na Alemanha, a prostituição é uma profissão regulamentada. Para o seu exercício, o governo estabeleceu áreas de atuação para as prostitutas dentro do país, de modo a preservar a integridade das famílias alemãs e das próprias “profissionais do sexo”. Com a realização da próxima Copa do Mundo no país, o governo alemão se ateve até mesmo a essa questão, e está construindo o que foi denominado de “cabanas do sexo”, locais estes onde as prostitutas poderão realizar seu trabalho com seus clientes do modo mais discreto possível. E o governo alemão fez muito bem. Estima-se que além das “prostitutas da casa”, a Alemanha irá receber outras 40 mil prostitutas, que irão até o próximo país-sede da Copa do Mundo para trabalhar. A atitude do governo alemão permitirá que tais mulheres trabalhem, sem que haja a necessidade de ser uma atividade realizada sob os olhos de todos, ainda mais em um período em que a Alemanha estará recebendo um número exorbitante de turistas de todo o mundo. Essa regulamentação é também devida a uma exigência feita pela própria diretoria da Copa do Mundo, que solicitou isto à Alemanha, com o finalidade de evitar possíveis problemas durante o evento.

No Brasil, a prostituição não tem parecer de regulamentação algum. Aqui tudo é feito às vistas de todos, abertamente, numa instância liberal até demais. As prostitutas reivindicam carteira profissional assinada, e do governo não vêm resposta alguma, nada. Crianças se prostituem em várias cidades brasileiras, e o governo continua fingindo que não vê isto. Mal se preocupam, então, com a própria saúde sexual das prostitutas, que por viverem do sexo e de sua realização, estão mais sujeitas a contraírem doenças sexualmente transmissível (DSTs), o que não acontece na Alemanha, uma vez que o governo de lá além de prestar assistência a essas mulheres, instala várias máquinas de preservativos nos locais determinados para a realização da profissão.

Se o Brasil for sede da Copa do Mundo novamente, o país terá que passar por uma verdadeira revolução social. Não digo isto apenas em relação ao exercício da prostituição, mas no contexto social como um todo. Aí vem uma questão à tona: será que para o Brasil ser organizado (e entenda isso como apenas as cidades onde os jogos fossem realizados) é necessário que um grande evento se realize aqui? Será que somente a partir do interesse em se apresentar como um “país organizado” para os outros países é que se deve melhorar as situações caóticas da população como um todo? O primeiro compromisso de um governo é para com seu povo, somente. Pela atual desorganização na qual se encontra o Brasil, é possível de se realizar o porquê não ocorre aqui um evento de grande porte como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas. O Brasil não atende aos requisitos necessários para que uma realização esportiva mundial de grande porte aqui se realize com a segurança que a diretoria do evento exige. E justamente devido a isto, o Brasil ficará sonhando em ser a sede de algo até o dia que seus governantes caiam na real e façam mais do que simplesmente “não fazer nada”.

Aviso: Estréia hoje, no CONEXO, a seção Laboratório do Cinema, com uma resenha do filme Dançando No Escuro, estrelado pela cantora islandesa Björk. Não deixe de conferir!

sábado, junho 11, 2005

 

Festa de Gala?


Anna Paula Lomas

Acabou... que pena!
Ontem foi o último dia da festiva e alegórica semana de jornalismo do Cesumar, (Centro Universitário de Maringá). Muita gente bonita, muitos famosos elegantes, muita gente arrumada e perfumada... Ah! Claro que não podemos esquecer das figuras raras que se destacaram... Era as que nem sabiam o que estavam fazendo ainda lá... Mas tudo bem!!!... Ninguém avisou a elas que a palestra do Zeca Camargo havia terminado. (Que maldade!!!)... E a solidariedade onde fica? Segundo nosso amigo Vicente Lugobone, está na moda...
Essa exuberante celebração final, mais que especial aconteceu ontem nas belas estruturas arquitetônicas do Centro de Convenções do Aspen Park, com seu imenso pilar no meio do auditório... E contou com a participação celestial do repórter da Rede Globo César Tralli. (A propósito tenho uma duvida...Cadê aquele rapazinho do Simpósio passado? Aquele do “EU” faço, “EU” poço, “EU” sou o gostosão? Que mudança heim, César Tralli !Será religião, mulher ou comida de Rabo...?
Uma “estrela” do jornalismo investigativo (da Globo)... Detalhou suas inumeras façanhas e peripécias sherlockeniana (Sherlock Holmes). Contou sua relação de amor e ódio com o folclórico Paulo Maluf. Deu conselhos aos estudantes, defendendo o compromisso que o jornalista deve manter com sua fonte. É claro que ele não poderia esquecer de falar sobre o jornalismo Investigativo brasileiro. Pelo menos era o que estava na programação...
O bonitinho parado como a estatua de Zeus no Olimpo, digo no tablado, se podemos dizer tablado àquelas escadinhas que separam o céu do “inferno”... Mas vamos continuar... Retomando minhas análises conjunturais, (não sei por que, historiador adora falar isso!)..., o beatificado, buscava mostrar pra si mesmo como ele era especial, lindo e o “brotinho” dos sonhos de qualquer estudante de jornalismo.
Já os acadêmicos, vidrados, ensandecidos , com os olhinhos cheios de lágrima. Observava cada ação, cada diferencial de entonação da sua maravilhosa retórica, cada passo, cada piscadinha do artista, digo do jornalista... Que lindo !!!
Bom... é melhor eu parar por aqui. Senão o que você leitor engrandecida pelo nosso blog, vai pensar de mim?
Calma!!! Isso foi apenas uma pitadinha, um pouco ardida, do que virá por aí... Quem viver verá... há, há, há...

quinta-feira, junho 09, 2005

 

O poder da imagem

Anna Paula Lomas
Ontem, no 2º Simpósio Maringaense de Jornalismo, o fotógrafo Orlando Brito teve como tema de suas falas a sua especialidade: fotografias. E, o que era para ser uma oficina, acabou sendo uma palestra descontraída, onde ele compartilhou algumas de suas experiências com futuros jornalistas.
Orlando nasceu no dia 08 de fevereiro de 1950, em Minas Gerais, e iniciou seu trabalho fotográfico aos 15 anos. Já viajou por mais de 50 países e fez mais de 40 exposições pelo Brasil e pelo mundo. Hoje, ele é diretor de sua agência de fotografia Obritonews. Diz que a fotografia não se restringe ao fotojornalismo, possui outras coisas legais para se fotografar, como: produtos, casamentos, moda,... Ele escolheu o campo que envolve o poder, fotografando cenários políticos. E confessa ter sido influenciado pelo fotógrafo francês, que traçou caminhos novos e definitivos como o fotojornalismo, Henri Cartier – Bresson.
Segundo Brito, antes a foto servia apenas para resolver problemas de diagramação do jornal, hoje, é uma tremenda peça de comunicação com a qual o fotógrafo transporta de um lugar para outro algo que está acontecendo. Fala, também, um pouco sobre a televisão como sendo um meio fascinante, mas que não se tem o menor controle sobre o que está se vendo. “Em Tv, se vê mais apresentadores de notícia do que verdadeiros jornalistas. Uma coisa é ser repórter/redator, outra é ser datilógrafo.” Por isso, cada um deve saber muito bem o que quer do jornalismo, afirmando que de todas as mídias, a fotografia é a única que não expõe seu autor.
Brito diz que nunca ninguém pensou nos três lados da fotografia, sendo eles quem vê a foto, o personagem da mesma e o fotógrafo. Esse terceiro tem a função dolorida de informar quando fotografa cenas de desgraça.
Sobre fotos digitais, ele confessa que no início tinha preconceito, mas agora é uma bobagem não utilizar, pois num mundo onde tudo é muito veloz, não dá para não desfrutar dessa tecnologia.
Por fim, Orlando diz que é preciso ler a fotografia, porque cada elemento contido nela possui um valor. E encerra sua palestra dando dicas como: para se fotografar melhor deve-se ter conhecimento do assunto a ser fotografado; não lamentar o que perdeu, pois toda hora tem algo maravilhoso acontecendo; ver se o que se tentou fazer na foto deu certo; ter sensibilidade; desenvolver intimidade com seu personagem;... E o fundamental: dominar a técnica.

 

Aviso...

A sessão "Ponto de Vista" já inaugurou trazendo foto-legendas, portanto, é só clicar ali ao lado e conferir!

Apenas para lembrar... Sexta-feira, quem estréia é o nosso espaço literário com o "Papéis Avulsos". No Sábado, a inauguração é do "Estúdio Musical" e no Domingo, fica por conta do "Laboratório do Cinema". Não deixem de conferir e comentar!

quarta-feira, junho 08, 2005

 

Rádio em rede

O Rádio brasileiro passou por uma fase “amarga” quanto os seus maiores investidores direcionaram as verbas publicitárias para a televisão, tanto na programação de entretenimento como no radiojornalismo. Especificamente a Rádio CBN (Central Brasileira de Notícia) teve difíceis momentos, de 1.991 a 1.998, quando uma consultoria do SBG (Sistema Globo de Rádio) constatou a inviabilidade em manter no ar a emissora com programação all news. Falando nesse assunto que Mariza Tavares, diretora de jornalismo da rede CBN, começou sua palestra no 2º Simpósio Maringaense de Jornalismo.

Mariza comentou que para superar a crise na emissora foram necessárias mudanças significativas na rádio para torná-la rentável. Além de mudanças administrativas a empresa fez uma campanha publicitária massiva para marcar o nome da CBN. Depois de inúmeras tentativas para “subir” a rádio vieram os primeiros resultados tirando-a do vermelho e marcando o nome CBN como sinal de credibilidade e isenção nos assuntos veiculados.

Hoje a Rede CBN conta com profissionais como Heródoto Barbeiro, Arnaldo Jabor, Carlos Heitor Cony, Arthur Chefio, Gilberto Dimenstein, Carlos Alberto Sardenberg, Franklin Martins, Míriam Leitão, Juca Kfouri, Celso Itiberê e Renato Machado e possui 23 emissoras em rede.

Um dos assuntos abordados na palestra foi a necessidade de direcionar a programação radiofônica para um determinado público porque é praticamente impossível atingir todas as classes da sociedade. Mariza ressaltou que mais homens, em idade adulta, ouvem a CBN porque a grade de programação é voltada para assuntos políticos e econômicos e seria difícil atingir ouvintes mais jovens sem mudar a linguagem e abordagem usada na rádio.

Para o estudante de jornalismo que pretende trabalhar no rádio, a diretora de jornalismo da rádio CBN, vê um bom momento nesse tipo de comunicação devido à expansão de rádios all news. O mais novo exemplo a entrar neste seguimento de comunicação é a Rádio Band News, que está investindo em emissoras de Freqüência Modulada.


terça-feira, junho 07, 2005

 

"A verdade anda trôpega pelas praças"


Anna Paula Lomas
(Na foto, Delis Ortiz respondendo às perguntas feitas pelo auditório e lidas pela coordenadora do curso de Comunicação Social do Cesumar, Astrid Façanha)


Fascinados. Foi assim que centenas de futuros jornalistas ficaram, ao ouvir a voz aveludada, mansa, porém firme, da repórter global Delis Ortiz, que interagia com o público do 1º dia do 2º Simpósio Maringaense de Jornalismo, com frases pausadas, palavras claras, acessíveis e falava de uma realidade que, para alguns, soou com tom de pessimismo. Mas o fascínio não estava aí. Estava no fato de Ortiz não poupar suas críticas que, apesar de tocarem fundo na ferida, possuíam um ar tão leve e sutil que nem os próprios criticados conseguiam se sentir ofendidos. Uma artista!
Suas palavras tinham um tom de conversa, como de uma mãe preocupada com o futuro de seus filhos, que procura alertá-los para o que irão encontrar fora de casa, na vida adulta. A “repórter-mãe” começa então falando sobre sonhos, como o de ser jornalista, e que eles precisam ser cultivados como sementes; porém, estas podem ser boas ou deformadas, e seus frutos geram, como ela denominou, profissionais sacerdotes ou marginais – que, infelizmente, são os mais comuns. Mas Ortiz propõe aos futuros e aos já formadores de opinião um desafio: viver a serviço e sacrifício do outro, como numa eterna missão social, pois é assim a vida de um sacerdote, que se entrega de corpo e alma ao que acredita e dá o melhor de si. Quantos jornalistas seriam capazes de cumprir à risca sua função, levar a informação ao outro da forma mais pura possível e viver em função de pessoas que nunca se viu? Difícil, não? Pois é a isso que ela nos desafia.
Delis nos alerta também para o 4º Poder – que para alguns, normalmente os de semente marginal, soa como glamour – que esconde o mal e o bem nas entrelinhas, que pode provocar uma guerra ou construir uma nação, alienar ou informar. Relatividades... no atual presente, nada é certo, tudo é relativo, relativo aos interesses de quem detêm o poder, seja econômico ou ideológico, e aos poucos vamos perdendo nosso senso crítico, nos acomodando com verdades impostas por pessoas que acreditam ser semi-deuses, mas não passam de frutos podres de suas sementes ruins. Ortiz diz que vivemos na era do “tem, mas acabou”, do “é mas não é” e que isso se aplica também aos jornalistas, que são genéricos de tantas coisas e especialistas em quase nenhuma.
Essas palavras vieram a calhar, principalmente para um auditório repleto de jornalistas e pré-jornalistas, que costumam se excluir da massa alienada, como se tivessem um senso crítico inalterável e não se deixassem enganar. No entanto, muitos jornalistas tem sido enganados pelo próprio poder, que alguns adoram esbanjar. São semi-ignorantes que acreditam ser brilhantes e superiores à massa, julgando serem quase imunes aos efeitos apáticos causados principalmente pela mídia televisiva. Desta forma, a cobra morde o próprio rabo e experimenta do veneno. Volto agora com uma indagação feita por Ortiz: “Você sabe o que você come? Você sabe se é comida ou veneno?” a verdade é que não sabemos. E novamente voltamos às verdades relativas que cada vez são mais difíceis de distinguir e mais parciais, que pregam que o rótulo é mais importante que o conteúdo e que se obtêm mais liberdade ao ligar para votar entre duas opções pré-definidas, do que dizer o que se pensa e lutar pelo que acredita. Não se sabe mais nem responder á pergunta: “Quem sou eu?” prefere-se aceitar o “eu” ditado e bem aceito pela maioria, do que realmente descobrir e, quem sabe, sair dos padrões.
Delis Ortiz finaliza dizendo que para haver uma relação íntima do jornalista com a verdade, é necessário que este primeiro descubra a verdade sobre si, mesmo que esta esteja sempre mudando. Eu busco a cada dia descobrir quem sou eu e responder a mim mesma da forma mais sincera possível, tornando claro meus limites, meus defeitos e qualidades, tornando possível transmitir uma imagem transparente, real e não apenas uma parcial e positiva, como alguns tem feito não somente consigo mesmos mas em proporções do tamanho de uma cidade. E você, sabe definir quem é ?


Além de Delis Ortiz, o repórter da Revista Veja, Marcelo Carneiro, falou sobre o dia-a-dia do jornalismo investigativo de revista e o simpático e falante apresentador do Fantástico Zeca Camargo, que contou sobre suas experiências, principalmente sobre sua volta ao mundo. Foi uma noite e tanto!

sábado, junho 04, 2005

 

Editorial de apresentação

O Nome

Escolher um nome para o blog foi difícil. Cada um do grupo pensava, buscava e caçava nos locais mais profundos da mente um nome que fosse simpático e interessante para caracterizar o website que havíamos construído. A solução surgiu quando recorremos ao dicionário, folheando página por página a fim de encontrar uma nomenclatura que batesse com as nossas intenções e expectativas. Eis que surgiu, então, o adjetivo CONEXO, que segundo o Minidicionário da Língua Portuguesa Silveira Bueno significa “ligado; entrosado; vinculado”. Foi assim que decidimos que nome o nosso blog levaria.

Intenções

CONEXO é o resultado de um trabalho realizado pelos acadêmicos do 2º ano de jornalismo do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) Anna Paula Lomas, Carol Pacola, Caroline Rocha, Marcos Henrique, Sarah Ribeiro, Thiago Ramari e Viviane Farias. Com a intenção de se aplicar na prática o que se vê em sala de aula, o grupo CONEXO pretende abordar, em seu conteúdo, temáticas jornalísticas sob uma ótica diferente da que se vê por aí, possuindo um cunho crítico a respeito dos assuntos vinculados na mídia e de outros não divulgados.
Além deste primeiro aspecto, o CONEXO também trará, a partir do dia 10 de junho, publicações de caráter cultural, que irão compor um final de semana com direito a discussões a respeito de literatura, música e cinema. Toda sexta-feira haverá a publicação de contos, crônicas e poesias na seção “Papéis Avulsos”, com o objetivo de proporcionar ao leitor materiais de conteúdos leves, ditos e narrados de modo literário, caracterizando, assim, uma pausa em meio a todas as atribulações da semana que termina. Sábado é o dia da música no CONEXO e, em vista disso, publicaremos resenhas críticas de CDs e DVDs musicais que foram analisados pelo Grupo, na seção “Estúdio Musical”. Para finalizar, todo o domingo haverá a publicação de resenhas críticas de filmes, principalmente dos pouco conhecidos e de conteúdos mais consistentes, na seção “Laboratório do Cinema”, que pretende a divulgação de tais produções e lançamento de discussões em torno de suas temáticas e referências. O CONEXO ainda conta com a seção “Ponto de Vista”, onde serão publicadas fotos-legendas sobre os mais diversos assuntos de temáticas fotojornalísticas.
É importante ressaltar que o CONEXO não tem qualquer compromisso ou responsabilidade com a imparcialidade, sendo este um blog de opinião. As opiniões pertinentes aos textos aqui publicados são de responsabilidade única do autor, o que não caracteriza a opinião do Grupo CONEXO, salvo coincidências.
Todo o Grupo CONEXO espera que o trabalho aqui realizado seja, em outros pareceres, um aprendizado e que também caracterize uma boa aceitação e apreciação por parte do público, uma vez que a nossa intenção inicial é justamente essa.

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