quarta-feira, maio 24, 2006

 

Colecionadores preservam cultura com suas coleções

Reunir e juntar objetos fazem parte da trajetória humana. Os colecionadores reúnem vários objetos como discos de vinil, selos, moedas até gibis, quebra-cabeças, máquinas fotográficas e rádios. O ato de colecionar pode ser considerado um hobby ou saudosismo, mas também tem sua contribuição cultural.

Um objeto representa uma cultura, uma época, segundo o professor de estética do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) Marcelo Eduardo Ribaric, “os colecionadores preservam os objetos culturais de várias épocas, ajudam a conservar esses objetos e sua trajetória”.

O ato de colecionar não pode ser considerado um problema psicológico, segundo a psicóloga Aline Mazambi, “não há um problema psicológico no ato de colecionar objetos, mas dependendo o contexto desses colecionadores, eles podem se encaixar em obsessivos e compulsivos pelos objetos colecionados”.

Independente disso, o comerciante João Claudemir preserva seus 250 gibis de faroeste dos anos de 1974 a 1979, ele considera está coleção como um ato de saudosismo, “quando eu era jovem, este era um meio de diversão que existia nas cidades do interior, e era o único ao meu alcance financeiro”, complementa.

O valor sentimental presente em sua coleção, faz com que sempre releia os exemplares e não os venda, pois, a coleção será repassada as próximas gerações da família, porém, depois de 1979 nunca mais adquiriu outros exemplares, “não existe mais esse tipo de publicação, e depois de 1979 nunca mais adquiri outros exemplares, e mesmo colecionando gibis não pagaria caro por novos exemplares para a coleção” afirma João Claudemir.

Os quebra-cabeças sempre foram um hobby para Amanda Medeiros que desde 1990 os monta e guarda em suas respectivas caixas, sua coleção conta com 183 jogos que vão dos nacionais aos importados e do mais variados números de peças, “era uma forma de passa tempo, e que com o passar dos anos se tornou um costume, desde então passei a colecionar os quebra-cabeças”, afirma.

Todo os mês ela adquire um novo exemplar e o monta, depois de pronto ela o divide e o coloca dentro da caixa. Ela não pagaria caro por um novo exemplar para sua coleção, porém, não venderia nenhum dos que tem, passando-os para as próximas gerações, “não há valor para o esforço que faço para montar cada um, e a alegria de ver completo o quebra-cabeça”, complementa Amanda.

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?