quarta-feira, abril 26, 2006

 

Um jornal “Hoje” com notícias velhas

O site do jornal “Hoje” (www.hojemaringa.com.br) irá completar amanhã um mês sem atualização, as notícias que estão na home do site são da edição de quinta-feira da semana passada (20).

Além de repetir matérias e mudando somente manchete e ângulo da foto que ilustra a matéria, o jornal não atualiza seu site há praticamente uma semana, mesmo as edições do impresso saindo quase diariamente, somente na segunda-feira que os jornais maringaenses não circulam.

Aqui fica registrado um compromisso com o leitor, o portal seria uma grande ferramenta para divulgação do veículo, e é considerado a mais nova ferramenta de comunicação, além de ser também mais uma fonte de comércio de espaços publicitários. Caso o site tenha um compromisso com o leitor, logo ele será acessado e terá credibilidade com o leitor, chamando mais gente a acessar, logo com o crescimento de acesso, cresce também o interesse por espaços publicitários no site, e cresce o financeiro do jornal.

Cabe a diretoria do jornal ver o que é melhor para o veículo, mesmo sendo no sentido financeiro, e dependendo da decisão retirar o site do ar ou atualiza-lo diariamente.

terça-feira, abril 25, 2006

 

TERÇA-FREELA

Perspectiva
André Reis


Eu quero saber porquê,
Entrar dentro de mim,
Compreender minhas lutas.
Viver.

Eu quero saber me apaixonar.
Te sentir dentro de mim.
Compreender minhas emoções.
Amar.

Eu quero saber lutar.
Buscar a força dentro de mim,
Compreender minhas limitações.
Vencer.

Mas acima de tudo,
Eu quero encontrar a perfeição.
E compreender minha insignificância.
Deus.



*André Reis é acadêmico de direito da Faculdades Maringá








O CONTEÚDO E AS OPINIÕES DO TERÇA-FREELA SÃO DE TOTAL RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÃO REPRESENTAM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO CONEXO. SE VOCÊ TIVER ALGUM TEXTO E QUISER PUBLICÁ-LO AQUI, É SÓ MANDAR UM E-MAIL PARA conexo.conexo@gmail.com COM SEU NOME COMPLETO E SUA FORMAÇÃO/GRADUAÇÃO.

sexta-feira, abril 21, 2006

 

Crônica

“Um bebê de um ano e três meses morreu asfixiado na tarde desta quinta-feira, com queimaduras pelo corpo de primeiro e segundo grau, após ficar cinco horas dentro de um carro estacionado em Santana, zona norte de São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, o pai da criança a esqueceu dentro do veículo.” (Terra, visitado no dia 14 de abril de 2006)


Quando a gravidez tornou-se nítida a mãe dela pressionou, pressionou até os dois se casarem. Ele já vinha de um casamento frustrado com uma socialite metida a psicóloga que adorava analisar a vida de todos nas festas que dava freqüentemente no seu “apê” num bairro nobre da cidade. Depois do divórcio, ele montou sua própria escola de música. Ela havia entrado na aula de canto para satisfazer a vontade da mãe que sempre quis ver a filha famosa. Aos poucos foi pegando gosto pela coisa e já conseguia, inclusive, alcançar tons bem agudos sem desafinar. Vinda de família tradicional, Ela quase não saía de casa, nem tinha amigos do sexo oposto, suas principais amizades eram membros de sua família. Era apática, quase não pensava em namorados ou sobre o amor, sabia pouco sobre isso. O máximo de experiência que tinha, ao longo de seus 17 anos, eram as histórias que ouvia das primas e de algumas tias. A mãe não confiava em ninguém a não ser nela mesma e no fiél cão labrador.

A escola de música faria participação em uma premiação importante. Os ensaios tornaram-se diários e, não raro, algumas aulas acabavam sendo individuais, devido à dificuldade em conciliar horário. A mãe dela não gostava nem um pouco do fato de um homem ficar por mais de uma hora sozinha com a filha, mas como a idéia das aulas havia partido dela, teve que manter sua posição, pois não voltava atrás jamais. O dia da premiação finalmente chegou. Tudo ocorreu bem, o sucesso foi total. Ela estava particularmente linda naquela noite: cabelo liso, solto e maquiagem combinando com o vestido preto de alça. Ele nunca havia visto ela tão bonita, estava acostumado a ver sempre com calças largas e cabelo desgrenhado. Sentiu uma vontade enorme de beijá-la, de possuí-la, mas Ela não se sentia muito confortável com o salto e nem com o cabelo em seu rosto. Depois da apresentação ele a levou para casa.

- Você está muito bonita hoje
- Obrigada, respondeu Ela apreensiva olhando para fora da janela do carro
Ele tocou o rosto dela e se entreolharam. Num momento de ímpeto, sem que Ela tivesse tempo de pensar, ele se aproximou e a beijou. Ela, apática, não reagiu, deixou apenas ser conduzida pelo beijo e aquela cena passou a se repetir mais e mais.

As “aulas de canto” começavam mais cedo e terminavam mais tarde. A desculpa dada à mãe era que como Ela já estava passando para uma turma adiantada, precisava se dedicar algumas horas a mais, pois a mãe jamais aprovaria a relação entre os dois. Os beijos começaram a ficar cada vez mais quentes e ele a pressionava, buscando intimidades maiores, até que um dia Ela cedeu. Da mesma forma apática que reagiu ao beijo, reagiu a ele tirando sua roupa, deixou apenas que ele a conduzisse.

Depois desse dia, ele não ia mais aos lugarem em que eles se encontravam e nas aulas a tratava como uma outra aluna qualquer. De uma hora para outra Ela passou a sentir nojo dele, sentia-se usada, como um objeto. Não ia mais às aulas, ficava o dia todo trancada em casa. A mãe queria saber porquê não ia mais nas aulas de canto, mas Ela despistava, dizia que os ensaios estavam suspensos por enquanto. No entanto depois de alguns meses, foi impossível esconder. A barriga magra crescia mês após mês. A mãe sem reação, só pensava em ir atrás do responsável por aquilo e com toda sua convicção italiana e seus contatos judiciais “convenceu” o professor a casar com sua filha.

Meses depois, nasce o bebê. Ela, no entanto, não conseguia amá-lo, sabia que ele era descendente daquele homem a quem tanto ela enojava mas que, por motivos de força maior, tinha que permanecer casada. Entrou em depressão pós-parto e, se antes já era apática, Ela agora vegetava, passava o dia todo na cama do hospital e às vezes sofria de ataques de pânico. A mãe dela assumira as responsabilidades da criança, mas um ano depois do nascimento do menino, a justiça decretou que o professor ficaria responsável judicialmente pelo bebê.

Hoje, três meses depois da liminar, Ela ainda permanece no hospital a base de sedativos; sente-se culpada por não ter realizado o sonho da mãe que, todos os dias, insiste em jogar isso na cara dela, além de fazer questão de frisar como ela é irresponsável de deixar o neto dela na mão de um safado daqueles, por causa de frescura. Ele, continua levando sua vida normalmente e sua rotina inclui deixar o filho na creche e ir se econtrar com uma aluna para “aulas particulares” em um beco atrás da escola. E foi durante um desses atendimentos especiais que o pequeno bebê foi esquecido próximo ao beco, dentro do carro e, após cinco horas, morreu asfixiado com queimaduras de primeiro e segundo grau. O professor foi acusado, mas se depender da justiça brasileira ficará impune. O bebê, pelo menos, foi para um lugar melhor.

quarta-feira, abril 19, 2006

 

“Hoje” muda manchete, mas repete matéria

O site do jornal “Hoje” de Maringá (www.hojemaringá.com.br) muda as manchetes da home, porém repete as matérias, a única mudança presente na repetição de matérias é a mudança das fotos de uma matéria para a outra.

Isso pode ser comprovado que na editoria cidade as matérias “Homem finge desmaio para se alimentar no hospital” e “Passa fome para ‘filar’ comida do hospital” tratam do mesmo assunto, as fotos mudam de ângulo de uma matéria para a outra.

O caso pode ser visto novamente nas matérias “MP quer interdição de obra no Parque do Ingá” e “Passarela do Parque do Ingá pode ser interditada” tratam do mesmo assunto, porém não há fotos na matéria.

O site caracteriza-se por publicar os leads das matérias, mesmo se o usuário for cadastrado, o mesmo não terá acesso ao conteúdo todo, o jornal completo só para a versão impressa, o site do jornal é totalmente diferente de jornais grandes como a “Folha de S. Paulo” (www.folha.com.br) ou de seu concorrente o “Diário do Norte do Paraná” (www.odiariomaringa.com.br).

Para um leitor que não saiba sobre o caso do Parque do Ingá, por exemplo, não vai reconhecer que ambas as matérias tratam do mesmo assunto, isso acontece também se o leitor for de outra cidade.

Outro destaque fica para a utilização de gírias para diferenciar os títulos, no caso “filar” para diferenciar as manchetes sobre o caso do homem que finge um desmaio para se alimentar no hospital.

sexta-feira, abril 14, 2006

 

ANDRÉ SAMPAIO - "Quando exerço engenharia tento esconder que sou músico"

Engenheiro florestal que coordenou o censo das árvores de Maringá ainda encontra tempo para música e salas de aula

André Cesar Furlaneto Sampaio conhece bem a arte de conciliar. A começar pela quantidade de funções que desempenha no cotidiano: engenheiro florestal, professor universitário, músico, marido e pai – de Lara, 11 meses. Nada mal para quem tem apenas 26 anos e um currículo de respeito. André Sampaio, ou Deco, como é conhecido no meio musical, leciona no curso de pós-graduação em Planejamento Ambiental no Centro Universitário de Maringá (Cesumar), é graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Engenharia e Gestão Ambiental pelo Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), mestre em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e atualmente coordena o “Projeto Árvore” – atividade que ficou conhecida como “censo das árvores” de Maringá.

Esse virginiano nascido em Londrina (município distante 100 km), mas trazido para Maringá ainda recém-nascido, recentemente gravou o primeiro CD, “Maquiagem Social” , em que canta e toca violão. Com todas essas atividades ainda encontrou tempo para conceder entrevista ao Conexo e explicou como consegue conciliar tantas funções. Contou também que no meio técnico existe preconceito em relação ao artista e confidenciou: “quando estou exercendo engenharia florestal tento esconder que sou músico”. Como coordenador do “Projeto Árvore”, ele expôs os principais problemas de arborização encontrados em Maringá e o que o governo tem feito para solucioná-los. Confira alguns trechos da entrevista que terminou agradavelmente ao som da música “Maquiagem social”. Pena o Conexo não ser interativo.


O que é o “Projeto Árvore?"
A gente fez um inventário [de 2004 a 2006] de cerca de 90% das árvores da cidade, deu mais de 90 mil. Em cada árvore, a gente colocou um RG e foi elaborado um software. Então, você busca a árvore pela rua, pelo endereço, e descobre a espécie e todos os problemas que se encontram lá. Foram mais de 36 dados coletados por árvore. Isso foi finalizado e passado para a prefeitura, porque é a prefeitura que tem o poder de gerenciamento da arborização.

Existe no Brasil algo semelhante ao “Projeto Árvore”?
Existem outros censos de árvores, com uma metodologia um pouco diferente. Mas não conheço, pelo menos no Brasil, nenhuma cidade de mais de 200 mil habitantes que tenha feito um censo. Conheço cidades pequenas, de 30 ou 40 mil habitantes, mas no porte de Maringá, que tem mais de 300 mil habitantes, desconheço. Eu acho que Maringá é realmente uma cidade pioneira nesse tipo de inventário florestal urbano.

Em que situação as árvores de Maringá se encontravam?
A gente viu bastante cupim, cancro, injúrias mecânicas [de agressões a podas mal feitas], problemas de déficit hídrico, mas acho que o principal problema se concentra no fato de que cerca de 50% da cidade é constituída pela sibipiruna. Essa espécie foi uma das pioneiras da cidade, a maioria das árvores tem entre 30 e 40 anos, que para o meio ambiente urbano é considerada uma idade avançada. Isso favorece a disseminação de pragas. Não que a sibipiruna seja uma espécie maléfica para o meio ambiente ou para a cidade; é uma espécie que funciona até bem para a arborização urbana, porém, o fato de 50% da cidade ter apenas essa espécie é o que causa o desfavorecimento. O meio ambiente urbano não foi feito para colocar árvore. A gente coloca árvore aqui porque é nosso interesse melhorar a qualidade de vida, mas o ambiente dela é a floresta. [Lá] Uma árvore vive 200, 300 anos, e algumas espécies [vivem] 500 anos e até mais, para você ver a diferença.

Quais transtornos essas árvores doentes podem causar à população?
Se a árvore estiver extremamente doente, ou tiver cupim de raiz, existe o risco de queda. É difícil a verificação do cupim de raiz. Às vezes a árvore está parecendo sadia, mas está com suas raízes consumidas, o equilíbrio da árvore está prejudicado. Bate um vento, tem um temporal, a árvore cai. Pode cair em cima de uma pessoa, sobre um carro, pode danificar a fiação elétrica, cortando a luz, isso tudo vai prejudicar a população. Outra coisa é que ter muitas árvores doentes na cidade quer dizer que algum dia elas vão ter de ser retiradas dali. Isso vai diminuir o número de árvores e para uma muda adquirir o tamanho que aquela árvore tinha, para renovar aquele equilíbrio, vai demorar um tempo. Se Maringá é uma cidade que faz muito calor com as árvores, imagina sem? Uma árvore transpira mais de 300 litros por dia de água, ou seja, está produzindo nuvens, chuva.

E qual é a solução para esses problemas?
A solução é fazer um planejamento, porque o que se tem hoje nem sei se pode ser chamado de planejamento. Segue algumas regras básicas da arborização urbana, mas não tem um plano diretor, um embasamento científico atualizado. Mas agora existem os dados do projeto [Árvore] e com isso dá para fazer com que uma equipe multidisciplinar lá na prefeitura consiga gerenciar de forma mais adequada a arborização porque, por enquanto, há um planejamento ineficaz.

O que o governo tem de fazer ou está fazendo?
O secretário do Meio Ambiente José Croce [Filho] está se mostrando muito interessado nos dados que o “Projeto Árvore” coletou, porque esses dados vão facilitar o planejamento da arborização. Mas para trabalhar com isso, ela [a prefeitura] tem de ter uma infra-estrutura melhor, ter mais funcionários. Por exemplo, Maringá tem um engenheiro florestal e um técnico agrícola para fazer todas as verificações de árvores doentes e pedidos e, se eu não me engano, são mais de cem pedidos por mês de corte. Um funcionário para fazer toda a arborização de Maringá é pouco. O poder público tem de começar a gastar mais dinheiro com isso para que a qualidade da arborização melhore e, assim, a qualidade de vida de Maringá continue sendo boa.

Você é professor universitário, engenheiro florestal e ainda é músico. Como você concilia isso tudo?
Tem hora que é até complicado, porque existe certo preconceito com músico, o pessoal sempre acha que músico é mais vagal [risos]. Então, quando eu estou exercendo engenharia florestal eu tento esconder que sou músico, mas consigo administrar bem. Hoje em dia as pessoas estão descobrindo as três faces [ele também é professor], mas estou levando bem.

Já aconteceu alguma situação constrangedora por causa desse preconceito?
Algumas. Como é uma profissão artística, associa-se a arte ao agradável, mas qualquer profissão pode ser agradável quando você gosta de fazer. Realmente, quando eu estava exercendo o cargo de engenheiro florestal, já mencionei algumas vezes que eu sou músico e isso pesou. Você ouve algumas piadinhas: “ah, músico também?”. Parece que a pessoa que tem mais de uma função é porque não exerce bem uma, ou, então, exerce duas porque quer quebrar um pouco o trauma [de uma escolha profissional errada], mas não é isso. Músico geralmente é visto como um cara que não estuda ou que não trabalha e os músicos que eu conheço são as pessoas que mais trabalham e que mais estudam, [mais] do que qualquer pessoa que eu conheci no mestrado ou em faculdades - mas os bons músicos, porque existem os maus músicos e são esses que acabam deteriorando a profissão.

Como surgiu esse interesse pela música?
Acho que na hora que eu nasci [risos]. É difícil ter uma pessoa que não goste de música. Que eu me lembre, desde sempre eu gostei. Agora, interesse em tocar, em estar fazendo música, acho que surgiu aos dez, 12 anos de idade, aí que eu comecei a ter interesse. Primeiro fui obrigado a entrar numa aula de teclado que eu não gostava muito, mas isso me deu uma ligação com a música. Daí acabei migrando para o violão que eu acabei gostando mais e, aí sim, fui evoluindo. Já fiz parte de uma banda de rock dos anos 60 e outra que tocava de tudo.

Mas as músicas do seu CD não seguem a linha rock and rol. O que o levou a mudar?
Sempre gostei muito de rock, principalmente o mais antigo, Rolling Stones, Beatles, só que as músicas que eu fazia acabavam não se encaixando. Apesar de ouvir muito isso, minhas músicas se encaixam mais com MPB, uma coisa mais suave. Nesse CD a gente priorizou a forma acústica, peguei todas as minhas composições que migravam para esse lado e elaborei o CD. Na verdade, pode-se dizer que faz mais de dez anos que está sendo desenvolvido para chegar ao que é hoje, porque o CD foi basicamente feito por mim e pelo meu irmão, que é músico lá em São Paulo. Ele podia vir para Maringá esporadicamente, assim a gente foi gravando, de pouquinho.

E você encara a música principalmente como lazer ou profissão?
Eu gostaria de ver como profissão, só que por enquanto eu vejo como lazer, porque não é ela que me sustenta. Para você ganhar a vida com música, tem de ser uma vida muito sofrida, então é complicado. Mas eu gostaria, claro, de ganhar mais dinheiro com isso e até poder sobreviver só de música, mas por enquanto é impossível.

quarta-feira, abril 12, 2006

 

Jornalismo, boatos, fofoca e supérfluos

As colunas sociais e fofocas sempre fizeram parte do jornalismo brasileiro. Em Maringá a situação se repete, todos os veículos impressos possuem sua seção social. Um dos destaques que mais caracterizam o formato é a coluna de Lucienne Silva no jornal O Diário do Norte do Paraná.

Em sua coluna, Lucienne coloca fotos de aniversariantes, eventos sociais ou pessoas de destaque na sociedade maringaense, as notas são sobre comércio, eventos, aniversariantes e o movimentos das pessoas que compõem a sociedade, porém, dentre elas destaca-se a seção “malaguetas”, onde é publicado as fofocas da alta sociedade, porém sem citar nomes e datas, nada que aponte o citado na coluna.

Mas agora, a colunista acaba de ganhar uma concorrente no campo das “malaguetas”, o site de notícias Glup lançou hoje a coluna “Fatos & Boatos” com a produção de Rose Tognon.

A coluna on-line segue o mesmo modelo da concorrente do impresso, porém a diferenciação está nas notas, ao tratar de fato, todos os nomes envolvidos são citados, já o boato, tudo é revelado com a preservação dos nomes dos envolvidos.

 

TERÇA-FREELA

Patrocinadores também entram em campo na copa da Alemanha
Natuza de Oliveira*

A dois meses do começo da copa do mundo as grandes fornecedoras de materiais esportivos já apresentaram os uniformes que suas seleções irão vestir no mundial da Alemanha.
A Puma veste o maior numero de seleções, 12, entre elas Paraguai, Polônia e a Itália.



A Adidas, que recentemente comprou a rival Rebook veste seis camisas a menos que a Puma, porem com mais seleções de ponta como Argentina e França.



Mas a marca que tem mais chances de vestir a seleção campeã é a Nike que veste 8 equipes, entre elas Holanda, Portugal, México e o grande favorito o Brasil.




A nova camisa brasileira sofreu mudanças curiosas como o fato do segundo uniforme não ter apenas cores diferentes do primeiro, as mangas e a gola da camisa azul e branca são diferentes da verde e amarela. Outro detalhe que chama a atenção é a frase “Nascido para jogar futebol” escrita na parte de baixo da camisa.


* Fotos retiradas dos sites Mercado Livre, e Globo Esporte


*Natuza de Oliveira é estudante do 1º ano de jornalismo




O CONTEÚDO E AS OPINIÕES DO TERÇA-FREELA SÃO DE TOTAL RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÃO REPRESENTAM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO CONEXO. SE VOCÊ TIVER ALGUM TEXTO E QUISER PUBLICÁ-LO AQUI, É SÓ MANDAR UM E-MAIL PARA conexo.conexo@gmail.com COM SEU NOME COMPLETO E SUA FORMAÇÃO/GRADUAÇÃO.

domingo, abril 09, 2006

 

Alunos estrangeiros não podem trabalhar no país

Visto de estudante proíbe atividade remunerada; em alguns casos, a lei dificulta a aquisição de experiência profissional

Os estrangeiros que vêm para o Brasil com permissão para estudar não podem exercer atividade remunerada, de acordo com a lei nº 6.815/80. Quem libera as permissões são as embaixadas brasileiras distribuídas pelos vários países da África, América, Ásia, Europa e Oceania. Para obter o visto, é necessário que a pessoa tenha uma bolsa de estudos no Brasil, concedida pelo governo brasileiro ou pelo país de origem do estudante; ou então comprovar que a família tem condições de bancar os gastos com estudos, alimentação, moradia, transporte, entre outros.

Embora a atividade remunerada seja proibida, o estágio obrigatório em cursos de graduação é permitido. Segundo Gilvanês Olsen, chefe da Comunicação Social e responsável pelo atendimento a estrangeiros na Polícia Federal em Maringá, a lei não cita nada a respeito, mas como alguns cursos universitários exigem o estágio, é concedida a permissão para a realização da atividade. Já nos cursos de graduação em que o estágio é opcional os estrangeiros não podem exercer a atividade, caso seja remunerada. Se algum deles for pego nessa situação, ou ainda trabalhando ilegalmente, corre o risco de ser deportado. Trata-se, segundo Gilvanês Olsen, de um meio para conter o aumento do desemprego no país.

Em entrevista por e-mail, o jovem Immanuel (o nome foi modificado para não prejudicar a fonte), latino-americano e estudante universitário que reside em Curitiba há mais de um ano, afirma que “seria muito bom se a política de trabalho para estrangeiros fosse mais flexível”. Ele veio para o Brasil com o objetivo de estudar e recebe uma mesada da família para suprir as necessidades básicas. No entanto, por vontade própria e até para melhorar a condição financeira dele, diz que trabalha quando surge a oportunidade. “A necessidade é maior e a principal área de atuação é dar aula de línguas ou atuar em alguma área na qual o tema internacional seja primordial.” Immanuel diz ainda que conhece pessoas de outras nacionalidades que trabalham ilegalmente. “A maioria dos estrangeiros que conheço trabalha em acordo com o empregador sem carteira assinada.”

Gilvanês Olsen contesta as declarações do estudante. Para ela “ou a bolsa não é suficiente, e aí ele [estrangeiro] tem de resolver [o problema] com o governo dele, ou é padrão de vida. Se a pessoa não está satisfeita [com o padrão de vida], então terá um problema. Se nós pegarmos alguém trabalhando, a pessoa pode perder o visto”. A família de Immanuel é de classe média, e mesmo tendo condições de bancar os gastos do filho no Brasil, o estudante busca facilitar a vida dos pais, trabalhando e ganhando o próprio dinheiro.

O curso de graduação que Immanuel faz não exige que ele realize o estágio. Nesse caso, o estudante latino-americano não tem direito a estagiar por vontade própria, uma vez que a modalidade costuma ser remunerada. “É difícil aceitar o que a lei diz, principalmente porque a gente não pode adquirir experiência profissional em alguma área do nosso interesse”, afirma, e completa: “é difícil falar que se esteja cometendo um crime e agindo contra a lei só porque você trabalha”.

O estudante William Na Lamba, 23, mora em Maringá há mais de um ano. Ele veio de Guiné-Bissau, país com aproximadamente um 1,4 milhão de habitantes localizado na costa ocidental da África, com visto de estudante para fazer o curso de comércio exterior no Cesumar (Centro Universitário de Maringá). Na Lamba é um exemplo de estudante estrangeiro que segue à risca a legislação brasileira: não trabalha, recebe mesada da família para cobrir os gastos que tem no Brasil e apresenta o extrato de depósito da quantia todo mês, para provar que recebe dinheiro. No entanto, mesmo tratando-se de uma lei, ele afirma que conhece muitos estrangeiros com visto de estudante em Maringá que trabalham ilegalmente. “Isso é normal.”

quarta-feira, abril 05, 2006

 

O mercado não é o mesmo que a faculdade

Denúncias de corrupção, desvios, manipualção nos bastidores na tentativa de calar a imprensa, "jornalistas" que recebem dinheiro para não divulgar denúncias, jornalismo investigativo, boicote a jornalistas, entre outras situações que os acadêmicos de Jornalismo só ouvem falar na mídia nacional, mas que também acontecem bem aqui em Maringá.
De Andye Iore no blog Fatorama


Este trecho faz com que o autor, Andye Iore, estimule debates nas faculdades de Jornalismo de Maringá, segundo o autor o verdadeiro Jornalismo não tem nada haver com o “tom rosado” que os cursos passam.

E não tem mesmo, o mercado é muito diferente do que vemos no curso, primeiro ponto de partida, não é um mercado fácil, não se acha emprego virando a esquina, para isso é necessário muita batalha para se conseguir uma vaga em redação.

O mercado não é tão tolerante como os professores são e também tem uma visão totalmente diferente dos professores, o seu texto “acadêmico” de hoje pode ser elogiado pelo professor, mas o mesmo pode ser desprezado pelo editor do veículo, como você não tem os melhores textos em sala de aula, mas pode ser um jornalista brilhante no mercado de trabalho.

No mercado se trabalha com pessoas que nunca vimos na vida, então a camaradagem ou a escolha de colegas para o trabalho está fora da vida profissional, deve-se viver com isso, se não o profissional não se encaixa no mercado.

Há um abismo entre o curso e o mercado de Jornalismo, ou as faculdades passam a mostrar essa realidade ou o mercado vai ter que voltar com cara de faculdade.

terça-feira, abril 04, 2006

 

TERÇA-FREELA

O que é, o que é: não é DST, mas vem do sexo?!?!
Ane Carolina Pacola*


Hein... Uma notícia me chamou a atenção há algum tempo. Li sobre uma tal de parafilia que, a principio, não fazia idéia do que era. Pesquisando sobre o assunto, encontrei a história de um pesquisador, Marcos Aurélio Demari, que catalogou essas tais parafilias e “construiu” uma espécie de dicionário (o dicionário do MARCO Aurélio).

A parafilia pode ser tida como uma doença que consiste em práticas sexuais não aceitas pela sociedade. Essas práticas provem de vários fatores: distúrbios mentais, desvio sexual, transtorno de personalidade e fatores biológicos.

O catálogo dos diferentes tipos de parafilia está repleto de situações de práticas engraçadas, “sobrenaturais” e até nojentas. A espectrofobia, por exemplo, é praticada por pessoas que possuem atração por fantasmas ou maus espíritos, em outras palavras, fantasiam relações sexuais com quem já morreu. A gessolatria refere-se à pessoas atraídas por partes do corpo humano imobilizadas (principalmente engessadas), essa prática lembra a necrofilia: atração por gente morta.

Depois de ler até aqui, você deve estar se perguntando: “Com certeza, isso nunca aconteceu comigo!!!”. Ledo engano. Você tem grandes chances de já ter sido “vítima” do frotteurismo – nome dado a pessoas que têm prazer e necessitam esfregar o pênis em outra pessoa, completamente vestida e sem saber do ato. Segundo Demari, esta é uma parafilia muito comum, e ocorre constantemente em locais aglomerados de pessoas, em ônibus e metrôs.

Engana-se, também quem pensa que só os pervertidos possuem esses distúrbios. Demari explica que ser “certinho” demais é uma parafilia. Segundo ele, “a excitação através da concordância (ao extremo) com os padrões sociais, religiosos e legais pode ser um desvio sexual”.

O psiquiatra Roberto Ratske diz que a parafilia acontece, geralmente, em homens que, além de se satisfazerem com mulheres, ainda procuram crianças, objetos, animais, situações (como mostrar as partes íntimas em público e excitar-se com a cara de susto das pessoas), e com “espíritos (como já citei anteriormente).

Poucas pessoas procuram ajuda. Por isso a parafilia ainda é pouco estudada, então, a ciência ainda não tem explicação definitiva sobre sua origem. O tratamento é feito através da psicoterapia, que incita o paciente a sentir prazer de outras formas, consideradas “normais”. A contradição nessas práticas esta, justamente, no que é normal, pois, muitas vezes, e assim como Ratzke, o que é considerado parafilia para uma comunidade, pode fazer parte da cultura de outra, então, além de contraditório, o normal é relativo. Mas isso é assunto para um próximo texto. Tá...

*Ane Carolina Pacola é estudante do 3º ano de jornalismo


O CONTEÚDO E AS OPINIÕES DO TERÇA-FREELA SÃO DE TOTAL RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÃO REPRESENTAM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO CONEXO. SE VOCÊ TIVER ALGUM TEXTO E QUISER PUBLICÁ-LO AQUI, É SÓ MANDAR UM E-MAIL PARA conexo.conexo@gmail.com COM SEU NOME COMPLETO E SUA FORMAÇÃO/GRADUAÇÃO.

domingo, abril 02, 2006

 

As fantasias de Madonna

Provavelmente muitos de vocês já devem ter ouvido falar, ao menos, do célebre livro “Sex”, da Madonna. Este livro foi lançado em 1993, juntamente do álbum “Erotica”, trazendo um grande apelo sexual por parte da cantora.

Eu nunca fui muito fã de Madonna, e talvez por este motivo nunca me interessei em ver este livro. No entanto, o “Sex” chegou ontem às minhas mãos e eu me senti na necessidade de opinar a respeito deste livro. Acreditem, não há como não se surpreender com o que é dito e mostrado ali. De fato, senti-me o mais inocente dos inocentes ao folhear aquelas páginas.

Tudo começa com uma foto infame de Madonna, sentada em um banquinho, vestindo roupas sadomasoquistas, chupando o dedo do meio da mão direita, e se masturbando com os dedos da mão esquerda. Uma foto e tanto que é acompanhada pela frase “I’ll teach you how to fuck” (eu vou lhe ensinar como fod**).

A partir daí, o trem descarrila, o carro perde o freio, a turbina do avião falha, e até o Viagra deixa de ser uma necessidade vital para os mais velhos. Tudo em prol de se realizar fantasias sexuais. Não é a toa que a “santa” sociedade americana fez de tudo para acabar com Madonna após o lançamento deste livro. Dentre os ensinamentos da cantora estão os prós e os contras de se relacionar com pessoas bem mais novas (uma apologia à pedofilia), há um grande apelo ao lesbianismo (e ao homossexualismo em geral), referências ao sadomasoquismo, à masturbação, aos homens que estão acima do peso, aos italianos e negros (no aspecto sexual), e inclusive ao sexo não-convencional (chamado por Madonna de “Ass Fucking”).

Madonna bem que tentou ser uma conselheira sexual de primeira mão, mas não foi tão bem sucedida pelo impacto que causou. No entanto, não há como não admitir: Madonna tem talento para isso. Um baita talento que deve ter causado muita inveja em todas as mulheres que se diziam “recatadas”. Aposto que muitas delas até tentaram por a teoria de “Sex” na prática e aposentar o já batido “papai e mamãe”.

Segue abaixo um trecho de “Sex”, devidamente traduzido, no qual a protagonista das lições, Dita, apresenta-se ao público leitor. (Entendam Dita como sendo a própria Madonna).

“Meu nome é Dita.
Eu serei sua patroa esta noite,
Eu serei sua única amante, querido.
Apague as luzes,
Eu serei sua feiticeira,
A magia do seu coração.
Eu não sou uma bruxa,
Sou uma técnica do amor.
Eu serei sua luz guia,
Em seu momento mais escuro.
Eu vou mudar sua vida.
Eu sou como uma flor venenosa.
Desista.
Faça o que eu digo.
Desista e me deixe fazer o que eu quiser.
Eu lhe darei amor,
Eu irei fazê-lo tremer como uma batida de caminhão,
Eu lhe darei amor...”

This page is powered by Blogger. Isn't yours?