terça-feira, abril 04, 2006
TERÇA-FREELA
O que é, o que é: não é DST, mas vem do sexo?!?!
Ane Carolina Pacola*
Hein... Uma notícia me chamou a atenção há algum tempo. Li sobre uma tal de parafilia que, a principio, não fazia idéia do que era. Pesquisando sobre o assunto, encontrei a história de um pesquisador, Marcos Aurélio Demari, que catalogou essas tais parafilias e “construiu” uma espécie de dicionário (o dicionário do MARCO Aurélio).
A parafilia pode ser tida como uma doença que consiste em práticas sexuais não aceitas pela sociedade. Essas práticas provem de vários fatores: distúrbios mentais, desvio sexual, transtorno de personalidade e fatores biológicos.
O catálogo dos diferentes tipos de parafilia está repleto de situações de práticas engraçadas, “sobrenaturais” e até nojentas. A espectrofobia, por exemplo, é praticada por pessoas que possuem atração por fantasmas ou maus espíritos, em outras palavras, fantasiam relações sexuais com quem já morreu. A gessolatria refere-se à pessoas atraídas por partes do corpo humano imobilizadas (principalmente engessadas), essa prática lembra a necrofilia: atração por gente morta.
Depois de ler até aqui, você deve estar se perguntando: “Com certeza, isso nunca aconteceu comigo!!!”. Ledo engano. Você tem grandes chances de já ter sido “vítima” do frotteurismo – nome dado a pessoas que têm prazer e necessitam esfregar o pênis em outra pessoa, completamente vestida e sem saber do ato. Segundo Demari, esta é uma parafilia muito comum, e ocorre constantemente em locais aglomerados de pessoas, em ônibus e metrôs.
Engana-se, também quem pensa que só os pervertidos possuem esses distúrbios. Demari explica que ser “certinho” demais é uma parafilia. Segundo ele, “a excitação através da concordância (ao extremo) com os padrões sociais, religiosos e legais pode ser um desvio sexual”.
O psiquiatra Roberto Ratske diz que a parafilia acontece, geralmente, em homens que, além de se satisfazerem com mulheres, ainda procuram crianças, objetos, animais, situações (como mostrar as partes íntimas em público e excitar-se com a cara de susto das pessoas), e com “espíritos (como já citei anteriormente).
Poucas pessoas procuram ajuda. Por isso a parafilia ainda é pouco estudada, então, a ciência ainda não tem explicação definitiva sobre sua origem. O tratamento é feito através da psicoterapia, que incita o paciente a sentir prazer de outras formas, consideradas “normais”. A contradição nessas práticas esta, justamente, no que é normal, pois, muitas vezes, e assim como Ratzke, o que é considerado parafilia para uma comunidade, pode fazer parte da cultura de outra, então, além de contraditório, o normal é relativo. Mas isso é assunto para um próximo texto. Tá...
*Ane Carolina Pacola é estudante do 3º ano de jornalismo
O CONTEÚDO E AS OPINIÕES DO TERÇA-FREELA SÃO DE TOTAL RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÃO REPRESENTAM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO CONEXO. SE VOCÊ TIVER ALGUM TEXTO E QUISER PUBLICÁ-LO AQUI, É SÓ MANDAR UM E-MAIL PARA conexo.conexo@gmail.com COM SEU NOME COMPLETO E SUA FORMAÇÃO/GRADUAÇÃO.
Ane Carolina Pacola*
Hein... Uma notícia me chamou a atenção há algum tempo. Li sobre uma tal de parafilia que, a principio, não fazia idéia do que era. Pesquisando sobre o assunto, encontrei a história de um pesquisador, Marcos Aurélio Demari, que catalogou essas tais parafilias e “construiu” uma espécie de dicionário (o dicionário do MARCO Aurélio).
A parafilia pode ser tida como uma doença que consiste em práticas sexuais não aceitas pela sociedade. Essas práticas provem de vários fatores: distúrbios mentais, desvio sexual, transtorno de personalidade e fatores biológicos.
O catálogo dos diferentes tipos de parafilia está repleto de situações de práticas engraçadas, “sobrenaturais” e até nojentas. A espectrofobia, por exemplo, é praticada por pessoas que possuem atração por fantasmas ou maus espíritos, em outras palavras, fantasiam relações sexuais com quem já morreu. A gessolatria refere-se à pessoas atraídas por partes do corpo humano imobilizadas (principalmente engessadas), essa prática lembra a necrofilia: atração por gente morta.
Depois de ler até aqui, você deve estar se perguntando: “Com certeza, isso nunca aconteceu comigo!!!”. Ledo engano. Você tem grandes chances de já ter sido “vítima” do frotteurismo – nome dado a pessoas que têm prazer e necessitam esfregar o pênis em outra pessoa, completamente vestida e sem saber do ato. Segundo Demari, esta é uma parafilia muito comum, e ocorre constantemente em locais aglomerados de pessoas, em ônibus e metrôs.
Engana-se, também quem pensa que só os pervertidos possuem esses distúrbios. Demari explica que ser “certinho” demais é uma parafilia. Segundo ele, “a excitação através da concordância (ao extremo) com os padrões sociais, religiosos e legais pode ser um desvio sexual”.
O psiquiatra Roberto Ratske diz que a parafilia acontece, geralmente, em homens que, além de se satisfazerem com mulheres, ainda procuram crianças, objetos, animais, situações (como mostrar as partes íntimas em público e excitar-se com a cara de susto das pessoas), e com “espíritos (como já citei anteriormente).
Poucas pessoas procuram ajuda. Por isso a parafilia ainda é pouco estudada, então, a ciência ainda não tem explicação definitiva sobre sua origem. O tratamento é feito através da psicoterapia, que incita o paciente a sentir prazer de outras formas, consideradas “normais”. A contradição nessas práticas esta, justamente, no que é normal, pois, muitas vezes, e assim como Ratzke, o que é considerado parafilia para uma comunidade, pode fazer parte da cultura de outra, então, além de contraditório, o normal é relativo. Mas isso é assunto para um próximo texto. Tá...
*Ane Carolina Pacola é estudante do 3º ano de jornalismo
O CONTEÚDO E AS OPINIÕES DO TERÇA-FREELA SÃO DE TOTAL RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÃO REPRESENTAM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO CONEXO. SE VOCÊ TIVER ALGUM TEXTO E QUISER PUBLICÁ-LO AQUI, É SÓ MANDAR UM E-MAIL PARA conexo.conexo@gmail.com COM SEU NOME COMPLETO E SUA FORMAÇÃO/GRADUAÇÃO.