sexta-feira, março 17, 2006
Bandas buscam qualidade mas sem perder liberdade
Músicos independentes sonham gravar suas canções com total liberdade de expressão, mas na prática a situação é diferente
De uns tempos para cá, muitas bandas independentes assinaram contrato com uma gravadora e começaram a fazer sucesso nas rádios, como os gaúchos do “Cachorro Grande” e os meninos do “Dead Fish” (que se mantiveram como independentes por mais de dez anos). No entanto, muitos desaprovam essa iniciativa, alegando que a gravadora tira a liberdade de expressão dos músicos, como é o caso de Thiago de Oliveira Soares, produtor de um programa de bandas independentes na Rádio Universitária Cesumar. Ele diz que a música é uma forma de mostrar o que se pensa e não de ganhar dinheiro. “Eu acho que o objetivo da música independente é mostrar o que você gosta, do jeito que você gosta”, afirma.
Já o vocalista da banda independente maringaense “Havana 55”, Rafael Muniz, pensa de forma um pouco diferente. Ele diz que é ilusão acreditar somente nos ideais do meio independente. “É utopia. A gente pode até se manter, mas e nossa vida? Nossa família? Nunca vamos sair da casa dos pais? É complicado ter de levar uma banda independente e ter de trabalhar, ter uma vida pessoal normal”, explica. Apesar dos argumentos do vocalista, Soares permanece com a idéia de que “vale a pena fazer uma correria a mais e viver em condições menores, pois a música não é para ter retorno financeiro. Você faz o que gosta e, se conseguir, vive disso também”.
Segundo Muniz, a gravação de um CD é indispensável, pois é a melhor forma de divulgar o trabalho da banda, permitindo que pessoas de diferentes partes do Brasil possam conhecer o som que eles fazem. Ele diz ainda que depois da gravação do CD o número de shows aumentou muito e afirma: “Uma gravadora atinge lugares que você, no independente, nunca vai conseguir; o acesso à mídia fica mais fácil, seu videoclipe é mais veiculado. Por mais que você cresça no meio independente, vai chegar um momento em que você vai ter de parar e, a partir daí, para ficar mais conhecido, só com uma gravadora”. O vocalista admite ainda que dependendo da proposta da gravadora, não se importaria caso interferissem um pouco na música deles. “Contanto que não mude a raiz da banda, eu não vejo mal nisso. Se eu puder viver da minha música, isso é louvável”, afirma.
A banda maringaense “Please Wait” tenta gravar um CD em casa desde janeiro de 2004, mas somente nos últimos seis meses é que está conseguindo gravar de forma menos amadora, com a ajuda de amigos que também têm uma banda. O baixista da “Please Wait”, Roberto Kovaturo, diz que o objetivo deles é continuar sempre no meio independente para não terem de mudar o estilo de música que fazem. “Se uma banda que era independente está curtindo fazer um som comercial, até vai, mas eu acho que a maioria das bandas que se vendem mudam só por causa da gravadora. Não vou falar que dinheiro não chama a atenção, mas no nosso caso não vale a pena, queremos continuar tocando o que a gente gosta. O dinheiro vem como conseqüência”, explica Kovaturo.
De uns tempos para cá, muitas bandas independentes assinaram contrato com uma gravadora e começaram a fazer sucesso nas rádios, como os gaúchos do “Cachorro Grande” e os meninos do “Dead Fish” (que se mantiveram como independentes por mais de dez anos). No entanto, muitos desaprovam essa iniciativa, alegando que a gravadora tira a liberdade de expressão dos músicos, como é o caso de Thiago de Oliveira Soares, produtor de um programa de bandas independentes na Rádio Universitária Cesumar. Ele diz que a música é uma forma de mostrar o que se pensa e não de ganhar dinheiro. “Eu acho que o objetivo da música independente é mostrar o que você gosta, do jeito que você gosta”, afirma.
Já o vocalista da banda independente maringaense “Havana 55”, Rafael Muniz, pensa de forma um pouco diferente. Ele diz que é ilusão acreditar somente nos ideais do meio independente. “É utopia. A gente pode até se manter, mas e nossa vida? Nossa família? Nunca vamos sair da casa dos pais? É complicado ter de levar uma banda independente e ter de trabalhar, ter uma vida pessoal normal”, explica. Apesar dos argumentos do vocalista, Soares permanece com a idéia de que “vale a pena fazer uma correria a mais e viver em condições menores, pois a música não é para ter retorno financeiro. Você faz o que gosta e, se conseguir, vive disso também”.
Segundo Muniz, a gravação de um CD é indispensável, pois é a melhor forma de divulgar o trabalho da banda, permitindo que pessoas de diferentes partes do Brasil possam conhecer o som que eles fazem. Ele diz ainda que depois da gravação do CD o número de shows aumentou muito e afirma: “Uma gravadora atinge lugares que você, no independente, nunca vai conseguir; o acesso à mídia fica mais fácil, seu videoclipe é mais veiculado. Por mais que você cresça no meio independente, vai chegar um momento em que você vai ter de parar e, a partir daí, para ficar mais conhecido, só com uma gravadora”. O vocalista admite ainda que dependendo da proposta da gravadora, não se importaria caso interferissem um pouco na música deles. “Contanto que não mude a raiz da banda, eu não vejo mal nisso. Se eu puder viver da minha música, isso é louvável”, afirma.
A banda maringaense “Please Wait” tenta gravar um CD em casa desde janeiro de 2004, mas somente nos últimos seis meses é que está conseguindo gravar de forma menos amadora, com a ajuda de amigos que também têm uma banda. O baixista da “Please Wait”, Roberto Kovaturo, diz que o objetivo deles é continuar sempre no meio independente para não terem de mudar o estilo de música que fazem. “Se uma banda que era independente está curtindo fazer um som comercial, até vai, mas eu acho que a maioria das bandas que se vendem mudam só por causa da gravadora. Não vou falar que dinheiro não chama a atenção, mas no nosso caso não vale a pena, queremos continuar tocando o que a gente gosta. O dinheiro vem como conseqüência”, explica Kovaturo.