“Fico feliz quando passo perto de uma obra e um pedreiro assobia. Se não assobiar, volto para dentro de casa porque alguma coisa está errada”
Rita Cadillac

Rita Cadillac é apenas mais uma dentre as vedetes mediatizadas que se aproveitam do sexo para ganhar dinheiro e fama. E a televisão é, hoje, o palco no qual o sexo ganha um respaldo nunca visto anteriormente, onde o erótico se torna à composição mais valorizada do que nos é transmitido. Uma prova desta afirmação são os próprios anúncios publicitários, que divulgam os mais variados produtos atrelados a mensagens relacionadas com o sexo. A cerveja, por exemplo, não tem qualquer relação direta com o erótico. No entanto, a publicidade sempre veicula as imagens de mulheres seminuas à cerveja para atrair o público masculino, visando ao consumo em massa do produto.

Engana-se quem, porventura, ache que tais anúncios não atingem as mulheres. As telespectadoras passam a se basear no que é considerado belo, espelhando-se nas modelos de cerveja para serem bem sucedidas em suas conquistas amorosas. Tal processo reafirma o padrão estabelecido socialmente, de que mulher bonita tem de ser alta e magra, como é divulgado pelos meios de comunicação, gerando desconforto e sentimento de inferioridade naquelas que não conseguem aderir a este padrão.

A banalização da mulher pela mídia, como mero símbolo sexual, incentiva um ciclo de gerações de maus exemplos para outras mulheres e, principalmente, para as jovens de hoje. Exemplos estes que são seguidos e tidos como corretos, fazendo com que muitas, simplesmente, fiquem satisfeitas por completo ao receber uma cantada chula de pedreiro.

Está na hora de revermos alguns conceitos.