Quem depende do transporte público maringaense sofre sempre, são diversas as reclamações que vão desde o valor cobrado por um trajeto curto, horários, atendimento, superlotação e gratuidade do serviço a quem necessita.

Uma pesquisa realizada pela equipe do Observatório das Metrópoles – Núcleo Maringá revelou que 100% dos entrevistados estão insatisfeitos com os serviços prestados, destes 88% não tinham suas necessidades atendidas, 82% reclamaram da superlotação, 76% acham que a tarifa é alta e 70% apontaram a pontualidade como problema.

Assim as tabelas de horários não são seguidas, a freqüência de ônibus é irregular comparada entre as linhas, algumas linhas e horários ficam superlotados, o atendimento piorou desde a última mudança da empresa, em que foi dispensado os cobradores e o motorista fica responsável pela direção do ônibus e cobrança dos passes, com esse corte de pessoal o valor do passe deveria continuar o mesmo, mas já está sendo cogitado um novo aumento.

A empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) controla o serviço de transporte coletivo desde 1950, nesta época Maringá ainda era comarca de Mandaguari, a empresa possui o monopólio do transporte coletivo maringaense, já que nunca houve um processo licitatório para o serviço, a situação ficou assim até 1999 quando o prefeito Jairo Gianoto concedeu mais 15 anos para a empresa, esse contrato vence em 2014 e ainda pode ser prorrogado por mais 15 anos.

O monopólio do transporte coletivo vai continuar, pois interessa a uma classe dominante e poderosa, mesmo pequena ela controla toda a cidade, enquanto o contrato está garantido o valor sobe e a qualidade cai, e nem adianta a população reclamar, pois nem vai ser ouvida, mas deveria ser a mais ouvida, cabe a população aceitar a situação e agüentar a superlotação.