sábado, fevereiro 11, 2006

 

Democracia Fajuta



No final do ano passado houve em Maringá a eleição dos direitores nas escolas municipais e foi feito um belo discurso sobre a participação da comunidade e dos alunos na educação escolar. A questão é que os diretores que obtiveram maior votação, não foram, necessariamente, os nomeados. Com a adoção do sistema das tríplices, adotado em novembro do ano passado, a democracia de “vença quem tiver maior número de votos”, foi substituída por este sistema calcado em regras que, na prática, não são nada práticas. Teve escola que por ter apenas duas concorrentes e não três, como determina a lei, não houve eleição. Em outras, houve votação mas quem ganhou não foi nomeado.

Quando nos deparamos em uma situações como esta é que percebemos como a sociedade tem feito papel de idiota perante os engravatados do poder. As promessas são muitas, a propaganda então, nem se fala... mas na hora do resultado, o que vemos é uma democracia fajuta, de fachada, onde prefeito posa bonito para foto e nós, trouxas, sorrimos do lado.

Acredito que este fato não seja nada além de um reflexo do que vivemos em nossa cidade, em nosso país. Vamos lá a cada quatro anos, votamos em quem acreditamos ser o melhor (ou menos pior) candidato e temos a ilusão de que somos participantes da política nacional (ou regional), que nosso voto é realmente importante e faz diferença; quando na verdade nossa opinião não passa de uma reação condicionada, frente ao bombardeio de promessas e que tanto faz se votarmos em X ou Y, pois lá em cima, no controle de tudo continuará tudo igual... sempre igual.


*Foto retirada do site The Epoch Times

Comments:
Olá!
Fiz uma citação do seu texto em um posto do blog http://cotidianoempauta.blogspot.com/

Até+
 
Mais um desmando de injustiça pra coleção.

O Brasil é um colecionador exímio!

Os "engravatados" deveriam passar por algumas sessões de tratamento de choque, para se tornarem honestos; e a população deveria tomar uma vacina contra conformismo.

Votar bem é um caminho essencial, porém não é o único. Se votamos errado ou somos enganados pela propaganda eleitoral, então é aí que entra o panelaço na frente das prefeituras, as greves, os protestos e manifestações... que tal dançarmos um "tango" na frente do Congresso Nacional?

Os argentinos fazem isso. Uma população devidamente vacinada contra o conformismo.
 
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