sábado, outubro 22, 2005
Maringá tem menos alunos nas escolas
O total de crianças matriculadas este ano no ensino fundamental público em Maringá caiu 3,9% em relação a 2003. Cerca de 950 alunos deixaram de freqüentar as aulas escolares. Segundo a coordenadora do projeto de Educação para Jovens e Adultos (EJA) da Secretaria Municipal de Educação, Valéria do Prado Guisso, esta situação preocupa pelas conseqüências sociais que gera, e o trabalho infantil é uma delas.
Apesar deste decréscimo, Maringá ainda tem um baixo índice de analfabetismo, se comparado à média nacional de 71% de analfabetos completos e funcionais, de acordo com a pesquisa do Indicador Nacional de Alfabetismo (Inaf). Segundo a Secretaria Municipal de Educação, no total são 18 mil analfabetos em Maringá, o que corresponde a 5,7% de toda a população local. O município está prestes a atingir, na educação, a meta proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), nos intitulados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A ONU sugere que cada país emergente invista para que 95% das crianças freqüentem as escolas, reduzindo assim, em longo prazo, o alto grau de analfabetismo entre crianças, jovens e adultos.
Mesmo com saldo negativo do total de alunos matriculados, a rede municipal de ensino contou com um aumento de 3,6% em matrículas este ano, comparado com os dados de 2003. Segundo Valéria, isto se deve à reforma que realizada nas 36 escolas que compõem a rede municipal. A mudança fez com que os estudantes passassem a migrar das escolas estaduais para as da rede municipal, gerando, portanto, o aumento do número de alunos nas escolas de incumbência da prefeitura. “As escolas foram reequipadas, reformadas e reinauguradas, e isso fez com que os pais confiassem nas instituições municipais de ensino.”
É, no entanto, na rede estadual onde se encontram os maiores problemas. Contrariamente às escolas municipais, a rede estadual amargou um decréscimo de 6,1% nas matrículas em relação a 2003. Beth Iwata, responsável pelas matrículas das escolas estaduais no Núcleo Regional de Educação, diz que a queda do número de alunos ocorreu mediante problemas externos às escolas de Maringá e não necessariamente à melhoria da rede municipal de ensino. “O motivo para que menos alunos freqüentem as escolas é a evasão para o trabalho infantil e a razão dos pais estarem tendo menos filhos a cada ano”, conclui.
Segundo Thais Morales Gonçalves, coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) da Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Maringá (Sasc), o trabalho infantil é o maior responsável pela evasão de crianças e jovens das instituições de ensino. O primeiro passo para que o analfabetismo se reduza ainda mais no município, de acordo com ela, é a erradicação desse tipo de atividade ilegal. O Peti é um programa que ajuda as famílias carentes com uma quantia R$ 150 por criança. Mas, para receber o benefício é obrigatório que tais crianças estejam estudando, inclusive no contraturno, para evitar que trabalhem antes ou após o horário das aulas. O Peti atende crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos e 11 meses, através de 12 unidades espalhadas pelo município. Essas unidades dão assistência e fiscalizam as 483 crianças beneficiadas pelo programa, além de atenderem às reclamações sobre trabalho infantil.
O Peti não possui números oficiais de crianças que trabalham em vez de estudar em Maringá, e todo o atendimento depende das queixas que chegam ao programa. Thais afirma que, em Maringá, não há nenhum caso registrado de criança trabalhando na área rural do município. Todos os casos que foram registrados são de crianças e jovens trabalhando no perímetro urbano. Outro problema levantado pela coordenadora do Peti é que, após o adolescente ultrapassar os 15 anos e 11 meses e sair do programa, muitas vezes ele acaba voltando a trabalhar, deixando os estudos de lado. Para evitar que isso aconteça, o Peti trabalha com as crianças e jovens enquanto estão inseridos no programa, de modo a conscientizá-los da importância de estudar e garantir um futuro melhor.
Apesar deste decréscimo, Maringá ainda tem um baixo índice de analfabetismo, se comparado à média nacional de 71% de analfabetos completos e funcionais, de acordo com a pesquisa do Indicador Nacional de Alfabetismo (Inaf). Segundo a Secretaria Municipal de Educação, no total são 18 mil analfabetos em Maringá, o que corresponde a 5,7% de toda a população local. O município está prestes a atingir, na educação, a meta proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), nos intitulados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A ONU sugere que cada país emergente invista para que 95% das crianças freqüentem as escolas, reduzindo assim, em longo prazo, o alto grau de analfabetismo entre crianças, jovens e adultos.
Mesmo com saldo negativo do total de alunos matriculados, a rede municipal de ensino contou com um aumento de 3,6% em matrículas este ano, comparado com os dados de 2003. Segundo Valéria, isto se deve à reforma que realizada nas 36 escolas que compõem a rede municipal. A mudança fez com que os estudantes passassem a migrar das escolas estaduais para as da rede municipal, gerando, portanto, o aumento do número de alunos nas escolas de incumbência da prefeitura. “As escolas foram reequipadas, reformadas e reinauguradas, e isso fez com que os pais confiassem nas instituições municipais de ensino.”
É, no entanto, na rede estadual onde se encontram os maiores problemas. Contrariamente às escolas municipais, a rede estadual amargou um decréscimo de 6,1% nas matrículas em relação a 2003. Beth Iwata, responsável pelas matrículas das escolas estaduais no Núcleo Regional de Educação, diz que a queda do número de alunos ocorreu mediante problemas externos às escolas de Maringá e não necessariamente à melhoria da rede municipal de ensino. “O motivo para que menos alunos freqüentem as escolas é a evasão para o trabalho infantil e a razão dos pais estarem tendo menos filhos a cada ano”, conclui.
Segundo Thais Morales Gonçalves, coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) da Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Maringá (Sasc), o trabalho infantil é o maior responsável pela evasão de crianças e jovens das instituições de ensino. O primeiro passo para que o analfabetismo se reduza ainda mais no município, de acordo com ela, é a erradicação desse tipo de atividade ilegal. O Peti é um programa que ajuda as famílias carentes com uma quantia R$ 150 por criança. Mas, para receber o benefício é obrigatório que tais crianças estejam estudando, inclusive no contraturno, para evitar que trabalhem antes ou após o horário das aulas. O Peti atende crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos e 11 meses, através de 12 unidades espalhadas pelo município. Essas unidades dão assistência e fiscalizam as 483 crianças beneficiadas pelo programa, além de atenderem às reclamações sobre trabalho infantil.
O Peti não possui números oficiais de crianças que trabalham em vez de estudar em Maringá, e todo o atendimento depende das queixas que chegam ao programa. Thais afirma que, em Maringá, não há nenhum caso registrado de criança trabalhando na área rural do município. Todos os casos que foram registrados são de crianças e jovens trabalhando no perímetro urbano. Outro problema levantado pela coordenadora do Peti é que, após o adolescente ultrapassar os 15 anos e 11 meses e sair do programa, muitas vezes ele acaba voltando a trabalhar, deixando os estudos de lado. Para evitar que isso aconteça, o Peti trabalha com as crianças e jovens enquanto estão inseridos no programa, de modo a conscientizá-los da importância de estudar e garantir um futuro melhor.