sábado, julho 30, 2005

 

A Igreja Católica está fazendo a sua parte.

De acordo com uma carta de oficio da CNBB (Comissão Nacional dos Bispos do Brasil), enviado aos agentes pastorais, leigos e cléricos, de todo o Brasil, na ultima segunda feira, confirma a participação ativa da Igreja Católica ao programa de Desarmamento, promovido pelo Governo Federal desde o inicio da gestão petista. Até então sendo trabalhada por uma minoria da Igreja, agora a Campanha faz parte de um compromisso de todos os integrantes da Igreja, independente de ser integrante das Pastorais Sócias, Movimentos Sociais ligados a Igreja e Movimento neopentecostal católico. Todos estão unidos em luta do melhor para o povo brasileiro.

Buscando diminuir os índices de violência e de assassinatos, que está muito elevado no Brasil.O Governo Federal está promovendo a Campanha do desarmamento para estimular a entrega voluntária de armas, mesmo regularmente registrada, mediante compensação financeira.

A participação da Igreja Católica nesse projeto mostra realmente a participação popular no meio religioso.De fato, muitas pessoas não se sentem muito à vontade para levar as armas à Delegacia, mas o fariam mais facilmente na Igreja. As experiências até agora feitas mostram que o resultado está sendo bom e os postos de recolhimento de armas junto às igrejas estão registrando adesões até superiores às de outros postos.

Há estatísticas que mostram que os crimes cometidos nos espaços domésticos e no âmbito das relações familiares é muito alto. Vários estudos mostram também que as possibilidades de acabar vítima de arma de fogo, na hora de um assalto, são bem mais altas para quem possui uma arma na mão, para se defender. A posse de uma arma gera uma sensação segurança falsa. Além disso, ela predispõe à violência quem a possui.

As armas muitas vezes estão relacionadas com histórias trágicas, que representam um pesadelo para quem as guarda em casa, com o constante risco de acabar sendo usada num momento infeliz, quando se perde a cabeça... Ou então, teme-se que ela possa acabar na mão de um ladrão na hora de um assalto ou arrombamento.

A entrega da arma na Igreja é também ocasião para um ato religioso, quase uma “confissão”, um momento de liberação interior, e para a manifestação do propósito, diante de Deus, da renúncia à violência. Na hora de entregar a arma, há pessoas que sentem a vontade de chorar, de desabafar, de rezar, de falar com alguém para um conforto espiritual.

A CNBB, em uma carta enviada aos bispos de todo o Brasil no inicio do ano, já declarava seu apoio a campanha. Nesta carta aos bispos, a Presidência da CNBB, pediu o “apoio moral da Igreja e a disponibilização de espaços para servirem como postos de arrecadação de armas. Não há que colocar as mãos em armas, nem se assume a responsabilidade de guardá-las. Tudo isso é competência da Polícia Federal, com a qual deve ser feito o contato para tratar, concretamente desta parceria”.

Na carta aos agentes pastorais e todas as outras vertentes da Igreja Católica, a CNBB pede o apoio, para que haja um melhor aproveitamento da campanha, nas CEB’s (Comunidade Eclesial de Base). Ou seja, que cada Movimento e Pastoral faça o trabalho de conscientização e reflexão nas comunidades e Grupos de Reflexão.

A carta termina fazendo referência ao período do advento e do natal, são momentos que se recorda, mais do que nunca, que Jesus Cristo veio para trazer a paz “aos homens de boa vontade”. Alem de instigar para a Campanha da Fraternidade do próximo ano que convida a sermos todos “promotores da paz”, porque assim convém aos “filhos de Deus”. A promoção de uma verdadeira cultura da paz, mediante a superação de todas as formas de violência, é da responsabilidade de todos. E é muito condizente com o anúncio do Evangelho de Jesus Cristo.

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