Quando tenho contado com a mídia informativa vejo a corrupção sendo estampada até pelos programas de fofoca. Tudo parece novidade. Tenho a impressão de que, a partir de agora, tudo vai ficar moralizado. Só que muita gente esquece que vimos esse filme antes. A história da política brasileira nos prova a falta de punição para certas camadas da sociedade.

Lembra-se dos anões do orçamento? E dos militares da ditadura? E um pouco mais perto da gente, a trupe do Jairo?

Os figurões, cada um em seu contexto histórico, fizeram parte do nosso sonho de moralizar a política brasileira, depois dos escândalos.
Agora me pergunto... Chegou à hora de dar a volta por cima e dar um jeito na casa da mãe...

Vixi... Começamos errados novamente... Transformamos o grande corrupto, Roberto Jefferson, na celebridade da TV. O rapazinho foi até no Jô, há poucos instantes. Estamos dando espaço para a corrupção falar.

O processo de estabelecimento de um governo “correto” não está ligado a fatores superficiais, mas a questões que devem ser resolvidas desde a infância do brasileiro. Refiro-me a mudar a tradição de que política e religião não se discutem. Discute-se sim! Alias... Discutimos sim!

A consciência crítica deve ser estimulada desde os primeiros anos dos nossos estudantes para quando votarem saberem, realmente, o que estão fazendo. E quando se submeterem à apreciação popular terem o compromisso de prestarem um serviço para a sociedade e não para si.


*Foto meramente ilustrativa