Ôloco!!! É o fim dos tempos...Ouvimos todos os dias pelos meios de comunicação, exemplo diferenciado da crise que se instalou na educação publica. Faltam professores, carteiras, livros, comida e muitas vezes até alunos...Mas o que vou contar aqui não é da falta de algo, mas sim do excesso...De animais. Há um mês mais ou menos, eu vivenciei o máximo do descaso com a população acadêmica de Maringá. Estávamos, minha amiga e eu, perambulando pelos caminhos selvagens da UEM, entre os belíssimos e bem arquitetados blocos velhos (sem porta, janela, forro e piso), na ala antiga da universidade, quando nos deparamos com um enorme “ser”. Ai que medo!!! Era realmente, enorme, feio, sujo, fora o fedo... Que horror!!!

Nós não sabíamos o que fazer. Aquele gigantesco animal, que penso ter uns 5 metros de diâmetro, com uns três de largura e uns 10 de altura. (Sem exagero!!! Isso proporcional ao fedo que ele exalava pelos poros epidérmicos). Era realmente o animal mais pavoroso que eu tinha visto na minha vida. Não que eu nunca tinha visto animais feios, mas esse foi o ápice da feiúra. Se Deus ama todos os animais, esse coitado, pode ser considerado odiado.

Quando, sem querer, encontramos o feioso, me bateu no peito um gigantesco sentimento de suplício para que algum outro ser de estrutura corporal ereta, que a ciência chama de HOMEM, passasse por lá... mas nada. Estávamos sozinhas com aquele bicho. (Isso é pra nós aprendermos a não matar aula, pra ir ao bar. O problema, nem é a aula e nem é o bar, mas o caminho com o animal.). Eu nunca tinha passado por aquele caminho, não sei porquê, naquele dia, naquela hora, naquele instante me instigou caminhar por aqueles caminhos nunca antes caminhados...hehehehe!!!

Pois bem, aquele ser irracional percebendo minha situação de completa impotência, passou a nos observar. Olhava diretamente nos meus olhos (Até deu uma piscadela... SAFADO!).
Eu numa súbita resposta amedrontada pensei em correr. Imagino que a minha amiga tenha pensado o mesmo, pois sua ação foi idêntica a minha. Virei-me de costa para o ser, e comecei a andar. Mas aquele horrível começou a nos acompanhar. Quanto mais corríamos mais ele vinha ao nosso alcance. Ainda bem que os engenheiros que construíram a UEM, pensaram em situações de improviso, pois construíram uns banquinhos de alvenaria que nos proporcionou uma fuga vertical. Naquele momento a felicidade bateu em meu coração. Eu me sentia superior (e inteligente) aquele ser, enquanto eu estava no alto ele estava no chão. Hahahaha!!! Imagino que Deus, pai todo poderoso, vendo a nossa situação deplorável, intercedeu por nós O animal desistiu de nos perseguir E foi embora tristonho, afinal não teve comida para levar pra casa...Tadinho!!!. Seus filhotinhos dormiram com fome...

E ....dias depois descobri que aquele desesperador animal irracional é denominado casualmente de GAMBÁ. Após ter passado por toda essa inimaginável e terrível história da carochinha, fiquei pensando (Claro que no bar, entre minha brejas e sucos de limão). Eu já vi de tudo naquela UEM.(Uma ninhada de cachorros, um monte de gatos pulguentos, aranha nas paredes, baratas nas tomas, insetos de todos os tipos nas carteiras, as inesquecíveis borboletas pretas gigantes, os militontos partidários, os bitolados nos cálculos, as patrícinha da medicina, assim por diante). Mas aquele terrível animal eu nunca tinha visto. Aí eu me pergunto, se cada dia que vivencio o mundo acadêmico da UEM, encontro um ser novo para o aumento quantitativo e nada qualitativo do meu conhecimento. Qual vai ser o próximo??? (AI MEU DEUS!!!)