sábado, janeiro 14, 2006

 

Tapando o sol com peneira

Quem já não ouviu essa expressão antes? Significa tomar uma medida paliativa, e normalmente ineficaz, que não visa resolver o problema, mas sim adiá-lo; o famoso: empurrar com a barriga.

Bom talvez esse fosse o nome mais apropriado para a operação Tapa Buraco, que o governo federal vem implementando em todo o território nacional. Numa tentativa de melhorar o lamentável caos em que se encontram as rodovias brasileiras, em muitos trechos intransitáveis, o governo corre atrás para consertar os estragos que as chuvas de verão tem causado nas estradas do país. Estão sendo gastos mais de 440 milhões, para “tapar” os anos de indiferença e descaso quanto à manutenção de tais vias, que poderiam ter economizado dinheiro e principalmente vidas.

O “remendão”, com foi chamado por Delcídio Amaral, presidente da CPI dos Correios e membro do Partido dos Trabalhadores (PT), tem previsão de recuperar 26,5 mil quilômetros de estradas ao longo de 25 estados. O governo pretende concluir as obras de caráter emergencial, que representam quase um terço do total, nos 3 primeiros meses do ano. E por isso os contratos para essa primeira fase serão feitos sem licitação. O que causa certo desconforto, e principalmente desconfiança quanto à idoneidade dessas licitações.

Ano de eleição deve-se prestar muita atenção nas famosas obras eleitorais, soluções mágicas que visam resolver os problemas de uma só vez, e que somente aparecem em “ano de eleição”. Não há favor e nem desdobramento do governo quanto às verbas para a tal operação, uma vez que o IPVA é pago exatamente para a manutenção das vias públicas. Porém o problema é exatamente esse: a manutenção, que não é feita como deveria ser , previamente, ao invés de remendos e tapa buracos, que visam cobrir os problemas até o próximo buraco se abrir.

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