terça-feira, janeiro 31, 2006

 

Liberdade, até onde?

Internet para muitos é sinônimo de liberdade de idéias, livre circulação de informação e conteúdo. Mas será mesmo?

Nesse maravilhoso mundo “democrático virtual” o anúncio da entrada do gigante de busca na Internet, o Google no mercado chinês parece apontar para outra faceta, menos preocupada com o público em detrimento ao seu caráter comercial. Para adentrar o mercado chinês a empresa aceitou autocensurar seus conteúdos - imposição governamental local - considerado como “buscas polêmicas”. Entre elas estão: “massacre da Praça Tiananmen”, “Tibete”, “Independência de Taiwan”, “Dalai Lama”.

Uma atitude comercial “necessária”, e totalmente compreensível dentro do universo capitalista, porém em se tratando da mais importante ferramenta de busca e disponibilização de informação da Internet, o quadro se inverte. Até onde ela pode agir como empresa e até onde ela deve agir como um meio de comunicação? Como ela pode determinar o que deve e o que não ser “enontrado” dentro desse universo virtual de mais de 1 bilhão de internautas.

A noção de livre acesso à informação que ainda temos sobre a Internet precisa ser re-analisada. E esse foi apenas um exemplo que mostra formas de controle, agora não mais na publicação, mas através da supressão.


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