sábado, novembro 19, 2005

 

Quem liga para a classe média?


O Brasil, país enorme e de tantas riquezas infelizmente sofre do maior mal do capitalismo, a descomunal disparidade que há na distribuição de renda, geradora de tantos miseráveis e tão poucos milionários. Porém perdida nesse imenso vácuo que separa ambas as classes, está a desprotegida e frágil classe média brasileira. Sim parece brincadeira, mas temos uma! Que na sua maioria ainda é uma pseudoclasse média.

São trabalhadores honestos, famílias onde o casal trabalha e forma um renda mensal de 3 a 5 mil reais por mês, mas mantém uma vida apertada, no cheque especial para manter Internet de banda larga para os filhos, mais de um carro, escola ou faculdade particulares, viagens nas férias, móveis novos, disparates no shopping, tudo em parcelas à perder de vista, mas que geram algumas rugas e pontes de safena.

E pra que tudo isso, manter um padrão de vida que não está na verdade a sua altura? Realmente não é proposital, e provavelmente nem é perceptível aos próprios olhos dessa classe. Esse é o padrão vendido nas propagandas publicitárias, nas novelas. Numa sociedade onde o capital é a força motriz, os valores se invertem e então implicitamente nos tornamos o que consumimos, não só no sentido físico do que compramos, mas também nas imagens e valores que diariamente recebemos. O sentimento de falta, de impotência de sempre precisar de algo é um desses valores que adquirimos, desenvolvemos e que terminamos por descontar num passeio pelo shopping center.

Há salvação para essa classe média que luta sufocada entre os impostos e a tentativa de proporcionar uma melhor qualidade de vida para si mesma? Num país como o Brasil é importantíssimo se discutir a desigualdade presente na distribuição de renda, e logicamente a miséria por ela implantada. Mas deve-se atentar também para essa pequena parcela da população, a classe média, que não está nem tão ao céu como a elite brasileira, e nem tão ao inferno como a maior parte da população. Pois, num país que busca um desenvolvimento real e uma melhora na qualidade de vida de seus habitantes deve se preocupar no incentivo de uma classe média, assegurando-lhe formas de se desenvolver e se manter de maneira digna, para que essa classe média possa se estender a maior parcela da população.

Talvez aí esteja a vacina contra esse mal do capitalismo, que o próprio Marx procurava dentro do comunismo; uma maior igualdade, tanto de oportunidades e possibilidades, quanto na qualidade de vida. Utopia? Então visite Suíça, e sua social democracia.

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Para quem se interessar em saber mais sobre essa Social Democracia Suiça, visite:

Wikipédia - Suiça
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*Foto bestreadguide

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