segunda-feira, novembro 28, 2005

 

Dasquem?

Agora não basta mais vender o corpo, tem que vender um estilo, uma marca. Já existe o estilo paty, o estilo boy, estilo funkeira, de rapper, de reggae e porque não de prostituta? Pois é, essa é a idéia de um grupo de prostitutas cariocas que querem criar uma grife. Segundo o site Isto É Online, serão confeccionadas e comercializadas roupas de festa, figurinos básicos e os “modelitos de batalha”, que incluem saias, vestidos e blusas ideais para seguir a profissão.

Se não bastasse essa polêmica, o nome da grife é ainda inspirado na Daslu – que tem esse nome, devido ao fato das duas donas se chamarem Lúcia. O nome da grife das “profissionais-personal-do-sexo-stylist” é Daspu e nem preciso dizer o porque do “pu”, preciso? Bom, partindo do princípio que “você é o que você veste” (frase que discordo, mas que muitos seguem fielmente), do que iremos chamar as meninas que se vestirem da marca Daspu? Já imaginou, sua filha de 12 anos vestindo uma calça jeans apertada até não poder mais com a marca Daslu escrito com lantejoulas no bolso de trás? Nem preciso comentar...

Mas Gabriela Leite, prostituta fora da ativa que dirige a ONG Davida, diz que o dinheiro será revertido para financiar projetos da ONG, como a prevenção à Aids e a outras doenças que, na minha opinião, poderiam ser evitadas com o mesmo dinheiro que será investido para cura-las. O problema é que se prefere vender uma ilusão a comprar uma luta que não dá dinheiro nem fama, mas uma vida realmente melhor.


*Foto do blog de Luiz Henrique

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