A publicação em jornais europeus de charges sobre o Maomé, principal profeta da religião islâmica tem causado protestos cada vez mais intensos em todo o mundo mulçumano.

Segundo islã, a representação da figura do profeta é proibida. No caso das publicações européias além da proibição as charges foram encaradas como desrespeitosas, pelo modo como retratavam Maomé.

As caricaturas foram publicadas debaixo do mote da liberdade de expressão. Em reposta o último protesto gerado a partir do incidente foi um concurso de charges aberto por um jornal iraniano, no qual o tema a ser caricaturado é o holocausto.

Todo essa situação abre espaço para uma reflexão sobre a tão aclamada liberdade de expressão, até onde ela é válida, em quais momentos ela deve realmente ser reivindicada, exigida e aplicada. E como o bom senso e o respeito ou a falta deles podem refletir e impactar uma sociedade.

Os reflexos dessa liberdade irresponsável têm manchando de sangue as manchetes dos principais jornais de todo o mundo. Cabe a nós refletirmos se a nossa liberdade de expressão – principalmente dos formadores de opinião -, deve ser usada para melhorar e valorizar a vida, ou se apenas pela satisfação de fazer sua opinião expressa causar a revolta, o desrespeito e a rivalidade.

Bom senso e respeito são mais que necessários, principalmente em questões como essa que tratam de um assunto tão delicado como é a fé.