domingo, janeiro 15, 2006
O que o fato revela?
Diante da constante mudança de termos que assistimos todos os dias, eu quero fazer hoje uma ressalva sobre a Música Popular Brasileira. Pergunto-lhes: o que é, de fato, a MPB atualmente? O termo que definiu a música de qualidade que o Brasil produzia outrora, condiz com a realidade popular que vemos hoje no país? Será mesmo que os grandes nomes da MPB do passado e da atualidade são, realmente, populares ou a sua apreciação está basicamente restrita à elite do Brasil?
O termo que definia a boa música aqui produzida já se transmutou para outros campos e ninguém parece ter-se dado conta disso. O que é popular hoje no Brasil não detém a mesma qualidade das canções que originaram o termo. Muito pelo contrário. O gosto popular caiu para as zonas da festa do AP, para o adestramento de cães da Kelly Key e, pior, para o funk de apelação sexual. A nova onda do momento é chamar mulher de cachorra, insinuar uma preferência ridícula por marca de fogão e menosprezar o sexo feminino perante o machismo e sua aparente autoridade no ato sexual.
É nesse momento que grandes nomes da antiga e glorificada MPB – como Elis Regina, Tom Jobim e Clara Nunes – reviram-se em seus caixões ao ter de realizar que o popular deixou de prezar pela qualidade de uma boa música, como o era em décadas anteriores. O que há de qualidade no ramo musical brasileiro ficou restrito a um público muito menor, das classes mais altas, que preservaram uma constância de valorização aqueles que realmente prezam pela cultura musical do país. A questão é que a antiga música popular brasileira, tornou-se somente música da elite brasileira – generalizando – quando deveria manter-se em um nível nacional mais amplo.
Fecho com a pergunta de um milhão: o que tal mudança revela?
Pense sobre o assunto.
O termo que definia a boa música aqui produzida já se transmutou para outros campos e ninguém parece ter-se dado conta disso. O que é popular hoje no Brasil não detém a mesma qualidade das canções que originaram o termo. Muito pelo contrário. O gosto popular caiu para as zonas da festa do AP, para o adestramento de cães da Kelly Key e, pior, para o funk de apelação sexual. A nova onda do momento é chamar mulher de cachorra, insinuar uma preferência ridícula por marca de fogão e menosprezar o sexo feminino perante o machismo e sua aparente autoridade no ato sexual.
É nesse momento que grandes nomes da antiga e glorificada MPB – como Elis Regina, Tom Jobim e Clara Nunes – reviram-se em seus caixões ao ter de realizar que o popular deixou de prezar pela qualidade de uma boa música, como o era em décadas anteriores. O que há de qualidade no ramo musical brasileiro ficou restrito a um público muito menor, das classes mais altas, que preservaram uma constância de valorização aqueles que realmente prezam pela cultura musical do país. A questão é que a antiga música popular brasileira, tornou-se somente música da elite brasileira – generalizando – quando deveria manter-se em um nível nacional mais amplo.
Fecho com a pergunta de um milhão: o que tal mudança revela?
Pense sobre o assunto.
Comments:
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O que revela? Revela que o povo brasileiro é ignorante em se tratando de música. Além dessas músicas nojentas, tem aquelas que nasceram com o intuito de serem boas, mas que não chegaram lá. Cito como exemplo aquela versão que a Ana Carolina e o Seu Jorge fizeram da The Blower's Daughter, do Damien Rice. Eu não consigo compreender como eles conseguiram transformar aquela obra de arte do irlandês naquele lixo de É isso aí (aliás, que nome mais cafona pra uma música...).
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