“De fato, o núcleo do governo parece acreditar que é possível fazer um governo em alguma medida à esquerda sem um choque com os ‘mercados’ e os capitais [...]” (GUIMARÃES, 2003, p. 195)

Guimarães (2003) diz ainda em sua obra, que está claro que é o crescimento das manifestações e das mobilizações populares que pedem correções fundamentais nos rumos do governo, que nos permite acreditar que a esperança ainda não morreu. No entanto, o governo atual não tem procurado contar com a mobilização social para reforçar as propostas progressistas de mudança, pois o que Lula vem pedindo ao povo é paciência e não mobilização.

Brossard (1992, p. 189) diz que a publicidade é organizada de tal forma capaz de criar impactos profundos na opinião pública de todo o país, com possibilidades de mudar a feição dos fatos, e, distorcendo-os, viciar o julgamento popular. Tudo isso pode acontecer em instantes, devido aos poderosos meios de difusão de pensamento.

Muitos meios de comunicação, apoiaram a campanha política, tanto no governo de Collor como no de Lula, mostrando apenas pontos positivos de ambos. Porém, quando começou a surgir crises relacionadas com os partidos, esses meios passaram a publicar matérias induzindo seus leitores a pensarem no fim do mandato em ambos os casos.

Apesar de todo esse poder de manipulação, é possível resistir fazendo uma análise de tudo que se consome dos meios de comunicação de massa. A experiência do impeachment vivenciada no Brasil nos permite pensar que ele é incapaz de realizar os fins de organizar um regime democrático, que lhe foram assinados pela constituição que, segundo Brossard (1992, p. 199), não asseguram a responsabilidade política do Presidente da República.

É... talvez ainda não chegou a vez do presidente Lula ser retirado do trono!

*Foto de divulgação