terça-feira, novembro 15, 2005
Então é Natal
Não importa que seja 15 de novembro e que falte mais de um mês para o Natal chegar, já é Natal. Não para mim, que acredito que Natal não é ocasião para bons velhinhos gorduchos, neves de algodão e dinheiro, muito dinheiro jogado fora; acredito que o nascimento de Jesus seja muito mais do que isso, mas não irei discutir este mérito, não hoje pelo menos.
Só queria entender como as pessoas podem ser iludidas tão facilmente pelo “espírito mercantil-natalino” e gastar sem pensar em nada à sua volta. Que espírito natalino é esse que de dá presentes a quem não se ama. Ou vai me dizer que você nunca deu um presente de Natal para aquele seu parente chato? Todos fazem isso pelo simples compromisso perante a sociedade (seja ela sua família ou Estado).
Somos facilmente condicionados a presentear, como forma de demonstração de amor, nossos amigos, namorado e família mesmo que, muitas vezes, não possamos. Quantas pessoas entram em dívidas por causa dos presentes e da ceia de Natal. Minha mãe mesmo, pelo tamanho da família, já entrou no vermelho por causa disso, “se não fica chato, né?”. Chato é ficar com dívida logo no começo do ano.
Sairia muito mais interessante (e barato) se não tivéssemos essa quase obrigação de encher o vazio de baixo da árvore de Natal com objetos comprados, se pudéssemos, por exemplo, trocar coisas feitas por nós mesmos como cartões, bolos ou o que cada um sabe fazer. Com certeza significa muito mais (sentimentalmente falando) receber um cartão desenhado por seu filho de 8 anos do que uma blusa dada por ele, que você sabe que não foi ele quem comprou e, talvez, nem escolheu.
Mas estamos ocupados demais para pensarmos em mudar algo. Não quero ser taxada de utópica ou nostálgica, gosto apenas de imaginar que as coisas poderiam ser melhores, mas infelizmente este texto (e minha vida) estão e ficarão apenas no futuro do pretérito.
E o presente? Esse só no Natal.
Foto de Sarah Ribeiro
Só queria entender como as pessoas podem ser iludidas tão facilmente pelo “espírito mercantil-natalino” e gastar sem pensar em nada à sua volta. Que espírito natalino é esse que de dá presentes a quem não se ama. Ou vai me dizer que você nunca deu um presente de Natal para aquele seu parente chato? Todos fazem isso pelo simples compromisso perante a sociedade (seja ela sua família ou Estado).
Somos facilmente condicionados a presentear, como forma de demonstração de amor, nossos amigos, namorado e família mesmo que, muitas vezes, não possamos. Quantas pessoas entram em dívidas por causa dos presentes e da ceia de Natal. Minha mãe mesmo, pelo tamanho da família, já entrou no vermelho por causa disso, “se não fica chato, né?”. Chato é ficar com dívida logo no começo do ano.
Sairia muito mais interessante (e barato) se não tivéssemos essa quase obrigação de encher o vazio de baixo da árvore de Natal com objetos comprados, se pudéssemos, por exemplo, trocar coisas feitas por nós mesmos como cartões, bolos ou o que cada um sabe fazer. Com certeza significa muito mais (sentimentalmente falando) receber um cartão desenhado por seu filho de 8 anos do que uma blusa dada por ele, que você sabe que não foi ele quem comprou e, talvez, nem escolheu.
Mas estamos ocupados demais para pensarmos em mudar algo. Não quero ser taxada de utópica ou nostálgica, gosto apenas de imaginar que as coisas poderiam ser melhores, mas infelizmente este texto (e minha vida) estão e ficarão apenas no futuro do pretérito.
E o presente? Esse só no Natal.
Foto de Sarah Ribeiro
Comments:
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é que o $$ é o maior incentivo já descoberto pela humanidade. Logo, datas sacras (ou que se dizem assim) ganham mais força quando aliadas a ele.
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