terça-feira, setembro 20, 2005

 

Nutrição adequada garante saúde materna

Para se reduzir a mortalidade materna em Maringá é necessário que as mães, desde a gestação, se alimentem de forma adequada garantindo, assim, uma vida saudável tanto para elas, quanto para os fetos. Segundo a especialista em nutrição materno-infantil Clarissa Goes Magalhães, “o acompanhamento de um nutricionista desde o início da gestação é muito importante, pois, se houver alguma doença, esta poderá ser diagnosticada e tratada logo, evitando o risco de morte da mãe e do feto”.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a deficiência de ferro no organismo humano, doença conhecida como anemia ferropriva, é a principal causa da mortalidade materna e do baixo peso de recém-nascidos no Brasil. A Secretaria de Saúde de Maringá não divulgou o número de óbitos maternos causados por este tipo de anemia no município, mas Magalhães afirma que “a anemia ferropriva é comum porque enquanto uma mulher normal necessita de 15g de ferro, uma mulher grávida necessita de 30g”.

De acordo com a especialista, o ferro é igualmente importante para o feto, pois leva o oxigênio até ele. Além deste componente, “a vitamina A também é de extrema importância e sua ausência pode causar deficiência em algum órgão do feto”, explica Magalhães. A nutricionista do Hospital Municipal de Maringá, Kátia Massumi Takahashi diz que o ácido fólico também é imprescindível no início da gestação, por ser responsável pela divisão da medula celular e evita a má formação do feto. “Pode ser encontrado nas farinhas, carnes, leguminosas, vegetais verdes como o brócolis e o couve, nas frutas cítricas e nos cereais integrais”, completa.

Apesar da importância da nutrição na saúde materna, Maringá possui apenas um projeto relevante nesta área, que é o realizado pela Pastoral da Criança. Uma vez por mês, voluntárias visitam gestantes moradoras dos bairros onde estão as paróquias. Elas fornecem além explicações sobre uma nutrição adequada, orientações como exames que devem ser feitos, situações de risco, amamentação e direitos da mulher. Segundo Vera Alice Florentino, assessora de área da Pastoral da Criança de Maringá, quando a criança nasce, esse acompanhamento continua e a partir do primeiro mês de vida, ela já pode participar da “Celebração da Vida”, uma pesagem mensal, em que são avaliados o peso e a saúde da criança. A Pastoral também fabrica e vende a R$ 1,50 a multimistura, um complemento alimentar que deve ser misturado na comida. “Ela não vai curar a criança da anemia, por exemplo, mas vai complementar a alimentação”, afirma Florentino.

As gestantes que buscam atendimento, não têm muita opção. A clínica de nutrição do Cesumar (Centro Universitário de Maringá), que funciona na própria instituição, é a mais indicada para atender este público e localiza-se no Jardim Aclimação, zona 8 de Maringá. Segundo Magalhães, que também é professora no Cesumar, a clínica oferece atendimento gratuito às pessoas de forma geral e às mães em específico também. O Hospital Universitário de Maringá, a Santa Casa e o Hospital Municipal de Maringá só oferecem atendimento nutricional para as pessoas internadas, não atendendo, desta forma, o público de forma geral.

As gestantes de Maringá que quiserem mais informações ou um acompanhamento nutricional podem procurar a clínica de nutrição do Cesumar, pelo telefone: 3027-6360 (ramal 187) ou a Pastoral pelos números: 3265-1355 e 3227-9912.

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