terça-feira, setembro 13, 2005
Meninas Malvadas
Se em alguns lugares a cor rosa é associada à patricinhas, em uma cidade no interior do Paraná, esta cor tem uma conotação totalmente oposta. Não são socialites e nem têm dinheiro sobrando, mas decidiram que em Castro, região dos Campos Gerais, somente elas podem vestir roupas com a cor rosa. Falo do grupo formado por meninas da periferia com idades entre 15 e 19 anos, auto-intituladas: “as Pinks” , que atacam qualquer menina que, além delas, resolva usar rosa. (Se fosse aqui em Maringá, mais da metade das meninas teria que renovar completamente o guarda-roupa, para alegria dos comerciantes, não é mesmo?)
Mas o que me chamou a atenção nesta matéria publicada pelo jornal “Gazeta do Povo”, foi que a cor rosa é utilizada e associada, principalmente em filmes, às garotas ricas ou populares. Talvez essas meninas da periferia, influenciadas por este conceito, quiseram reverter a posição de excluídas em que se encontram através das roupas que vestem, afinal como se diz por aí: “Você é o que você veste”, logo, se elas se vestem como ricas, elas são ricas.
Este poder da mídia sobre as pessoas pode parecer algo absurdo, mas os efeitos midiáticos têm uma proporção inimaginável. Um forte exemplo desta influência foi divulgado em números esta semana no Jornal Nacional. Ano passado, em 12 meses foram registradas 800 brasileiros entrando ilegalmente nos Estados Unidos; este ano, em 10 meses, este número superou 25 mil, graças à novela “América”, exibida pela Rede Globo. Para mim, não há exemplo maior deste poder.
Acredito que estas meninas, marginalizadas, buscam com esta atitude um lugar na sociedade, buscam serem “notadas”, assim como uma criança que apronta para chamar a atenção dos pais, elas querem sair do anonimato da periferia, onde se escondem os problemas que todos querem esquecer. Não acho certo nenhum tipo de violência, mas acredito que a violência física que elas cometem agora, é fruto de uma violência psíquica, causada pela sociedade, pelos meios de comunicação, causada, enfim, por essa mentalidade capitalista que acredita que TER é SER.
*Foto retirada deste blog
Mas o que me chamou a atenção nesta matéria publicada pelo jornal “Gazeta do Povo”, foi que a cor rosa é utilizada e associada, principalmente em filmes, às garotas ricas ou populares. Talvez essas meninas da periferia, influenciadas por este conceito, quiseram reverter a posição de excluídas em que se encontram através das roupas que vestem, afinal como se diz por aí: “Você é o que você veste”, logo, se elas se vestem como ricas, elas são ricas.
Este poder da mídia sobre as pessoas pode parecer algo absurdo, mas os efeitos midiáticos têm uma proporção inimaginável. Um forte exemplo desta influência foi divulgado em números esta semana no Jornal Nacional. Ano passado, em 12 meses foram registradas 800 brasileiros entrando ilegalmente nos Estados Unidos; este ano, em 10 meses, este número superou 25 mil, graças à novela “América”, exibida pela Rede Globo. Para mim, não há exemplo maior deste poder.
Acredito que estas meninas, marginalizadas, buscam com esta atitude um lugar na sociedade, buscam serem “notadas”, assim como uma criança que apronta para chamar a atenção dos pais, elas querem sair do anonimato da periferia, onde se escondem os problemas que todos querem esquecer. Não acho certo nenhum tipo de violência, mas acredito que a violência física que elas cometem agora, é fruto de uma violência psíquica, causada pela sociedade, pelos meios de comunicação, causada, enfim, por essa mentalidade capitalista que acredita que TER é SER.
*Foto retirada deste blog
Comments:
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Sarinha...
Vc surpreende a todo momento!!!
Adorei a sua explanação, achei muito bem comentado!!!
Bjinhos para a futura Fátima Bernardes e para seu marido, Willian Bonner
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Vc surpreende a todo momento!!!
Adorei a sua explanação, achei muito bem comentado!!!
Bjinhos para a futura Fátima Bernardes e para seu marido, Willian Bonner
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