domingo, agosto 28, 2005

 

Eu protesto!


Hoje eu resolvi inovar um pouco. Tive a vontade de sair da mera materiazinha opinativa de sempre e diversificar o assunto e até mesmo o meu modo de escrever. Uma experiência isolada, só para sair da rotina.

O assunto que escolhi é algo que me intriga. Na sala de aula da universidade onde estudo há uma pequena placa acima do quadro negro que apresenta aos acadêmicos três simples normas da instituição de ensino: Proibido fumar; proibido o uso de celular; e silêncio.

O engraçado é que, pelo menos na minha classe, a quase totalidade dos estudantes matam as aulas para fumar, deixam o telefone celular ligado durante a aula - não hesitando um segundo sequer em atendê-lo caso ele comece a tocar - e o silêncio então, nem de longe é alcançado. Considerando que os acadêmicos de Jornalismo da minha classe têm uma idade que varia entre 18 e 26 anos, acredito que estas regras não seriam assim tão difíceis de serem alcançadas. E, no entanto, as regras costumam só enfeitar a sala.

Em decorrência deste fato, eu abro aqui um protesto a favor da solitária plaquinha que tem de enfrentar sozinha dezenas de alunos ufanistas o suficiente para desrespeitá-la. Trata-se também de um protesto a favor dos professores e seus cabelos, que costumam perder a forma e o penteado para fazer-se autoridade dentro da sala de aula.

Um protesto digno a favor do respeito às leis, normas, diretrizes e, principalmente, do bom exemplo – aliás, coisa que anda muito deficitária no Brasil. Clamo a ajuda de todos os companheiros simpatizantes desta causa que defendam a pobre plaquinha, o livro de normas da ABNT e a nossa queridíssima Constituição, que parece também ser mero enfeite no Congresso Nacional.

Vamos defender também a proliferação das plaquinhas, para que elas apareçam em todos os cantos, lembrando os brasileiros mais nacionalistas que o povo já se cansou de ouvir que o brasileiro sempre dá um jeitinho. Aliás, vamos começar direto com o santificado Congresso Nacional, que justamente por ser tão sério, merece concretizar tal seriedade com a criação de uma nova plaquinha, posta solenemente sobre a grande bancada, com o aviso: Proibida a Corrupção.

*Foto de Thiago Ramari

Comments:
ahahahahahahaha
Mto bom esse texto!!!!
Tá, não concordo, mas foi engraçado.
ahahahahahahahahaha
ai ai ai....
agora vai querer se candidatar à presidente, né? Com todo esse papo a favor das plaquinhas e aos professores...
fala sério, ta querendo uma média (em ambos sentidos) com os professores né???
e lembre-se

"Dê um bom exemplo que esta moda pega, afinal vc é brasileiro e não desiste nunca"
 
Eu concordo, e acho o cúmulo o desrespeito a tais plaquinhas. Na minha sala, não sei se por causa da faixa etária ser bastante elevada, há um respeito considerável: ninguém fuma lá dentro, os acadêmicos respeitam os professores e fazem silêncio, e os celulares ficam no vibra call. E olha que na nossa sala, a plaquinha do "proibido fumar" não existe, hehe.

E, cá entre nós, não é nenhum sacrifício homérico respeitar essas três plaquinhas...
 
hauahuha descuple mas tive q rir sarah "pegaleve".."agora vai querer se candidatar à presidente, né? Com todo esse papo a favor das plaquinhas e aos professores...
fala sério, ta querendo uma média (em ambos sentidos) com os professores né???"

hauahauhauhauahuah

mto bom seu texto.. ah uma coisa quem faria as placas? seriam boas pra quem fez?´e pra quem nao fez?..
 
se com as placas a coisa já tá assim, imagina se não existissem as placas? se as leis do brasil não tivessem uma lei maior que as guiasse? se os trabalhos acadêmicos pudessem ser feitos de qualquer maneira (se bem que essa última hipótese seria interessante :P)
mto legal seu texto :)
 
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